Má Progressão Ponderal: Que Avaliação Inicial é Necessária?
INTRODUÇÃO: O objetivo do estudo foi caracterizar uma população pediátrica com má progressão ponderal; avaliar utilidade dos exames complementares de diagnóstico iniciais; comparar critérios de má progressão ponderal das crianças incluídas no estudo, com as novas curvas de crescimento da Direção-Ger...
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José de Mello Saúde
2018-06-01
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Series: | Gazeta Médica |
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doaj-1d168dfa45644baa90951ebe4b23197d2020-11-24T23:45:50ZengJosé de Mello SaúdeGazeta Médica2183-81352184-06282018-06-015210.29315/gm.v5i2.156Má Progressão Ponderal: Que Avaliação Inicial é Necessária?Mariana C. Nogueira0Ana L. Mendes1Sílvia Pereira2Cláudia Cristovão3Pedro Flores4Ana Serrão Neto5Centro da Criança e do Adolescente, Hospital CUF Descobertas, Lisboa, Portugal.Centro da Criança e do Adolescente, Hospital CUF Descobertas, Lisboa, Portugal.Centro da Criança e do Adolescente, Hospital CUF Descobertas, Lisboa, Portugal.Centro da Criança e do Adolescente, Hospital CUF Descobertas, Lisboa, Portugal.Centro da Criança e do Adolescente, Hospital CUF Descobertas, Lisboa, Portugal.Centro da Criança e do Adolescente, Hospital CUF Descobertas, Lisboa, Portugal.INTRODUÇÃO: O objetivo do estudo foi caracterizar uma população pediátrica com má progressão ponderal; avaliar utilidade dos exames complementares de diagnóstico iniciais; comparar critérios de má progressão ponderal das crianças incluídas no estudo, com as novas curvas de crescimento da Direção-Geral da Saúde (DGS). MÉTODOS: Estudo retrospetivo de 61 crianças com diagnóstico de má progressão ponderal nos primeiros dois anos de vida, observados na consulta de Pediatria (janeiro de 2013 - dezembro de 2014). Má progressão ponderal foi de-finida como cruzamento de mais dois percentis de peso, em mais de duas medições consecutivas, em pelo menos três meses. Dividiu-se a amostra em: com doença orgânica e sem doença orgânica. O último foi subdividido: dificuldade alimentar e constitucional/familiar. Todos os casos foram reavaliados com base nas curvas de crescimento recentes da DGS, comparativamente com a primeira avaliação. RESULTADOS: A maioria dos casos correspondeu ao grupo sem doença orgânica (70,5%), sendo 67,6% destes in-cluídos no grupo DA e 18,9% no grupo C/F. O grupo doença orgânica associou-se mais à presença de pelo menos um sintoma e/ou sinal no exame objetivo (p < 0,001). Por outro lado, esteve mais associado a alterações nos exames complementares de diagnóstico iniciais (73,3%) (p < 0,001). Com as novas curvas de crescimento da OMS, a maioria do grupo sem doença orgânica não cumpria critérios de má progressão ponderal (67%) e todos os casos do grupo doença orgânica mantiveram critérios. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Os casos de má progressão ponderal sem suspeita clínica de doença orgânica não care-cem de investigação complementar. A história alimentar e familiar pode estabelecer a causa. As novas curvas DGS otimizam a identificação de má progressão ponderal com doença orgânica subjacente. http://www.gazetamedica.pt/index.php/gazeta/article/view/156CriançasInsuficiência de CrescimentoTranstornos da Nutrição Infantil |
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INTRODUÇÃO: O objetivo do estudo foi caracterizar uma população pediátrica com má progressão ponderal; avaliar utilidade dos exames complementares de diagnóstico iniciais; comparar critérios de má progressão ponderal das crianças incluídas no estudo, com as novas curvas de crescimento da Direção-Geral da Saúde (DGS).
MÉTODOS: Estudo retrospetivo de 61 crianças com diagnóstico de má progressão ponderal nos primeiros dois anos de vida, observados na consulta de Pediatria (janeiro de 2013 - dezembro de 2014). Má progressão ponderal foi de-finida como cruzamento de mais dois percentis de peso, em mais de duas medições consecutivas, em pelo menos três meses. Dividiu-se a amostra em: com doença orgânica e sem doença orgânica. O último foi subdividido: dificuldade alimentar e constitucional/familiar. Todos os casos foram reavaliados com base nas curvas de crescimento recentes da DGS, comparativamente com a primeira avaliação.
RESULTADOS: A maioria dos casos correspondeu ao grupo sem doença orgânica (70,5%), sendo 67,6% destes in-cluídos no grupo DA e 18,9% no grupo C/F. O grupo doença orgânica associou-se mais à presença de pelo menos um sintoma e/ou sinal no exame objetivo (p < 0,001). Por outro lado, esteve mais associado a alterações nos exames complementares de diagnóstico iniciais (73,3%) (p < 0,001). Com as novas curvas de crescimento da OMS, a maioria do grupo sem doença orgânica não cumpria critérios de má progressão ponderal (67%) e todos os casos do grupo doença orgânica mantiveram critérios.
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Os casos de má progressão ponderal sem suspeita clínica de doença orgânica não care-cem de investigação complementar. A história alimentar e familiar pode estabelecer a causa. As novas curvas DGS otimizam a identificação de má progressão ponderal com doença orgânica subjacente.
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