Summary: | O objetivo deste artigo é mostrar como as teorizações sobre pedagogia, emancipação intelectual, estética e política de Jacques Rancière podem servir de base para entender o Teatro do Oprimido como uma forma de “re-partilha” do sensível na sociedade contemporânea. As práticas do Teatro do Oprimido, dispostas a promover uma emancipação social e política através de recursos estéticos, podem também renovar as próprias formas de apropriação sensível, bem como os recortes pertinentes a essa apropriação. A pressuposição da “igualdade das inteligências”, aliada aos muitos mecanismos que conferem ao oprimido os meios de produção da arte, será exposta aqui como voz facultada a responder aos desafios contemporâneos da emancipação política. O artigo visa articular uma interdisciplinaridade, tendo em vista que trabalha com concepções da política, filosofia, teatro e educação.
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