A renovação da teleologia em Hans Jonas:
O presente trabalho visa elucidar a renovaçáo da teleologia no pensamento de Hans Jonas, mostrando como esta ocupa aí duas funções centrais, a saber: pensar uma nova ontologia que atenda de forma mais exata à construçáo de um universo psicofísico e em vir-a-ser; e pensar o dever-ser da humanidade en...
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2011-05-01
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doaj-1ccca9a8272640f6909888c8ad34f5d62020-11-24T23:37:50ZdeuUniversidade Federal do Rio Grande do NortePrincípios0104-86941983-21092011-05-0117284770905A renovação da teleologia em Hans Jonas:Wendell Evangelista Soares LopesO presente trabalho visa elucidar a renovaçáo da teleologia no pensamento de Hans Jonas, mostrando como esta ocupa aí duas funções centrais, a saber: pensar uma nova ontologia que atenda de forma mais exata à construçáo de um universo psicofísico e em vir-a-ser; e pensar o dever-ser da humanidade enquanto telos e valor absoluto no processo evolutivo do Ser. Para alcançarmos nosso objetivo, primeiro explicitaremos que o que Jonas designa por "enigma da subjetividade" é o problema fundamental da ontologia, e que a filosofia moderna fracassa diante de tal problema, exigindo assim a reabilitaçáo – e renovaçáo – de uma concepçáo teleológica do ser. Depois mostraremos que essa renovaçáo da teleologia – que pode certamente ser designada de "neo-finalismo" – define o finalismo como intrínseco náo só aos seres individuais, mas ao próprio devenir do mundo, onde o homem seria a própria realizaçáo última de uma possibilidade latente no interior de tal processo evolutivo da substância universal. Com isso, resultaria um princípio da ética que náo estaria fundado nem na autonomia do Eu, nem nas necessidades da comunidade, mas antes no próprio caráter teleológico do processo evolutivo da natureza – o homem assumindo aí um valor absoluto por justamente ser o telos – entenda-se: "qualidade final" – de tal processo. Quer isto dizer, a teleologia jonasiana visa por fim responder sobre o bem que é a humanidade, que se firmaria assim como o próprio fundamento da ética.https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/985 |
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O presente trabalho visa elucidar a renovaçáo da teleologia no pensamento de Hans Jonas, mostrando como esta ocupa aí duas funções centrais, a saber: pensar uma nova ontologia que atenda de forma mais exata à construçáo de um universo psicofísico e em vir-a-ser; e pensar o dever-ser da humanidade enquanto telos e valor absoluto no processo evolutivo do Ser. Para alcançarmos nosso objetivo, primeiro explicitaremos que o que Jonas designa por "enigma da subjetividade" é o problema fundamental da ontologia, e que a filosofia moderna fracassa diante de tal problema, exigindo assim a reabilitaçáo – e renovaçáo – de uma concepçáo teleológica do ser. Depois mostraremos que essa renovaçáo da teleologia – que pode certamente ser designada de "neo-finalismo" – define o finalismo como intrínseco náo só aos seres individuais, mas ao próprio devenir do mundo, onde o homem seria a própria realizaçáo última de uma possibilidade latente no interior de tal processo evolutivo da substância universal. Com isso, resultaria um princípio da ética que náo estaria fundado nem na autonomia do Eu, nem nas necessidades da comunidade, mas antes no próprio caráter teleológico do processo evolutivo da natureza – o homem assumindo aí um valor absoluto por justamente ser o telos – entenda-se: "qualidade final" – de tal processo. Quer isto dizer, a teleologia jonasiana visa por fim responder sobre o bem que é a humanidade, que se firmaria assim como o próprio fundamento da ética. |
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