Critérios para seleção do intervalo RR no eletrocardiograma para quantificação da arritmia sinusal respiratória
O sistema nervoso autônomo (SNA) sofre importantes adaptações ao treinamento físico aeróbico e alterações na sua função estão relacionadas à gênese e prognóstico de várias doenças. A variação da freqüência cardíaca em função da respiração constitui fenômeno natural no qual se baseia o teste da arrit...
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Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte
2000-02-01
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Series: | Revista Brasileira de Medicina do Esporte |
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doaj-1ccbce26daae4335b3cb181197ca34212020-11-24T21:57:32ZengSociedade Brasileira de Medicina do EsporteRevista Brasileira de Medicina do Esporte1806-99402000-02-01615810.1590/S1517-86922000000100003S1517-86922000000100003Critérios para seleção do intervalo RR no eletrocardiograma para quantificação da arritmia sinusal respiratóriaRenata Rodrigues Teixeira de Castro0Sergio Henrique Rodolpho Ramalho1Antonio Claudio Lucas da Nóbrega2Universidade Federal FluminenseUniversidade Federal FluminenseUniversidade Federal FluminenseO sistema nervoso autônomo (SNA) sofre importantes adaptações ao treinamento físico aeróbico e alterações na sua função estão relacionadas à gênese e prognóstico de várias doenças. A variação da freqüência cardíaca em função da respiração constitui fenômeno natural no qual se baseia o teste da arritmia sinusal respiratória (ASR), utilizado para avaliar o funcionamento do ramo parassimpático do SNA sobre o sistema cardiovascular. Calcula-se a ASR através da razão entre o maior intervalo R-R do eletrocardiograma (ECG) durante a expiração (E) e o menor R-R na inspiração (I). Não existe, na literatura, padronização para escolha destes intervalos quando o ECG é registrado durante dois ciclos respiratórios consecutivos. O objetivo deste trabalho é comparar os métodos de escolha desses intervalos, indicando qual o critério que permite melhor avaliação da magnitude da ASR. Cinqüenta e cinco voluntários jovens foram submetidos a dois testes de ASR, sendo cada teste composto por dois ciclos respiratórios consecutivos. Foram então comparados os dois maiores índices E/I obtidos das seguintes maneiras: 1) E e I retirados do mesmo ciclo respiratório (intraciclo); 2) E e I retirados de qualquer um dos ciclos respiratórios (ciclo independente). Os índices E/I ciclo-independentes (1º teste = 1,49 ± 0,03; 2º teste = 1,44 ± 0,03) foram maiores do que os índices E/I obtidos intraciclo [1º teste = 1,44 ± 0,03; 2º teste = 1,41 ± 0,03 (P < 0,001)]. Os índices E/I ciclo-independentes do 1º teste foram maiores do que os do 2º teste (P = 0,04). A utilização de intervalos E e I escolhidos de forma independente do ciclo respiratório onde ocorreram permitiu observação da máxima variação da atividade parassimpática, mostrando a máxima magnitude da ASR. Em adendo, os resultados sugerem uma acomodação do reflexo no 2º teste, tornando desnecessária a realização deste quando o 1º prosseguir sem intercorrências técnicas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922000000100003&lng=en&tlng=enSistema nervoso autônomoArritmia sinusal respiratóriaTestes autonômicos cardiovasculares |
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O sistema nervoso autônomo (SNA) sofre importantes adaptações ao treinamento físico aeróbico e alterações na sua função estão relacionadas à gênese e prognóstico de várias doenças. A variação da freqüência cardíaca em função da respiração constitui fenômeno natural no qual se baseia o teste da arritmia sinusal respiratória (ASR), utilizado para avaliar o funcionamento do ramo parassimpático do SNA sobre o sistema cardiovascular. Calcula-se a ASR através da razão entre o maior intervalo R-R do eletrocardiograma (ECG) durante a expiração (E) e o menor R-R na inspiração (I). Não existe, na literatura, padronização para escolha destes intervalos quando o ECG é registrado durante dois ciclos respiratórios consecutivos. O objetivo deste trabalho é comparar os métodos de escolha desses intervalos, indicando qual o critério que permite melhor avaliação da magnitude da ASR. Cinqüenta e cinco voluntários jovens foram submetidos a dois testes de ASR, sendo cada teste composto por dois ciclos respiratórios consecutivos. Foram então comparados os dois maiores índices E/I obtidos das seguintes maneiras: 1) E e I retirados do mesmo ciclo respiratório (intraciclo); 2) E e I retirados de qualquer um dos ciclos respiratórios (ciclo independente). Os índices E/I ciclo-independentes (1º teste = 1,49 ± 0,03; 2º teste = 1,44 ± 0,03) foram maiores do que os índices E/I obtidos intraciclo [1º teste = 1,44 ± 0,03; 2º teste = 1,41 ± 0,03 (P < 0,001)]. Os índices E/I ciclo-independentes do 1º teste foram maiores do que os do 2º teste (P = 0,04). A utilização de intervalos E e I escolhidos de forma independente do ciclo respiratório onde ocorreram permitiu observação da máxima variação da atividade parassimpática, mostrando a máxima magnitude da ASR. Em adendo, os resultados sugerem uma acomodação do reflexo no 2º teste, tornando desnecessária a realização deste quando o 1º prosseguir sem intercorrências técnicas. |
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