Trombose da veia renal no período neonatal
Introdução: A trombose da veia renal (TVR) no período neonatal é uma entidade rara. As complicações a longo prazo incluem hipertensão arterial, atrofia renal e insuficiência renal crónica. Objectivo: Revisão da abordagem das atitudes na fase aguda e evolução a longo prazo das crianças com TVR neona...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2014-08-01
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Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
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doaj-1c178b5ea13c4c71883fee73705677062020-11-25T03:21:24ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-08-0141210.25754/pjp.2010.4416Trombose da veia renal no período neonatalSofia MoraisRaquel SantosClara GomesAntónio Jorge CorreiaIntrodução: A trombose da veia renal (TVR) no período neonatal é uma entidade rara. As complicações a longo prazo incluem hipertensão arterial, atrofia renal e insuficiência renal crónica. Objectivo: Revisão da abordagem das atitudes na fase aguda e evolução a longo prazo das crianças com TVR neonatal seguidas numa consulta de Nefrologia Pediátrica. Material e métodos: Análise retrospectiva dos processos das crianças com antecedentes de TVR no período neonatal. Foram avaliados os factores de risco predisponentes para TVR, o tratamento e a evolução. Resultados: Foram incluídas sete crianças, com predomínio do sexo masculino (2,5:1). A TVR foi unilateral à esquerda em cinco casos e bilateral nos outros dois. A apresentação ocorreu entre as primeiras horas de vida e o 12º dia de vida. As manifestações mais frequentes foram a hematúria macroscópica (6/7), a trombocitopenia (6/7) e a massa abdominal (4/7). Quatro crianças desenvolveram insuficiência renal aguda. Todas as crianças, excepto uma, efectuaram estudo para trombofilia, encontrandose alterações em três: uma com défice de factor V Leiden e duas irmãs com heterozigotia para mutação Protrombina 202106/A. O tratamento foi expectante em três crianças, duas foram tratadas com heparina em perfusão e as restantes com heparina de baixo peso molecular. Uma das crianças com trombose bilateral evoluiu para insuficiência renal crónica e as restantes desenvolveram atrofia do rim afectado. Conclusão: A TVR pode condicionar sequelas renais graves sendo mandatório o acompanhamento destas crianças a longo prazo. O estudo do risco de trombofilia é essencial, de forma a evitar novos eventos trombóticos.https://pjp.spp.pt//article/view/4416 |
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Introdução: A trombose da veia renal (TVR) no período neonatal é uma entidade rara. As complicações a longo prazo incluem hipertensão arterial, atrofia renal e insuficiência renal crónica.
Objectivo: Revisão da abordagem das atitudes na fase aguda e evolução a longo prazo das crianças com TVR neonatal seguidas numa consulta de Nefrologia Pediátrica.
Material e métodos: Análise retrospectiva dos processos das crianças com antecedentes de TVR no período neonatal. Foram avaliados os factores de risco predisponentes para TVR, o tratamento e a evolução.
Resultados: Foram incluídas sete crianças, com predomínio do sexo masculino (2,5:1). A TVR foi unilateral à esquerda em cinco casos e bilateral nos outros dois. A apresentação ocorreu entre as primeiras horas de vida e o 12º dia de vida. As manifestações mais frequentes foram a hematúria macroscópica (6/7), a trombocitopenia (6/7) e a massa abdominal (4/7). Quatro crianças desenvolveram insuficiência renal aguda. Todas as crianças, excepto uma, efectuaram estudo para trombofilia, encontrandose alterações em três: uma com défice de factor V Leiden e duas irmãs com heterozigotia para mutação Protrombina 202106/A. O tratamento foi expectante em três crianças, duas foram tratadas com heparina em perfusão e as restantes com heparina de baixo peso molecular. Uma das crianças com trombose bilateral evoluiu para insuficiência renal crónica e as restantes desenvolveram atrofia do rim afectado.
Conclusão: A TVR pode condicionar sequelas renais graves sendo mandatório o acompanhamento destas crianças a longo prazo. O estudo do risco de trombofilia é essencial, de forma a evitar novos eventos trombóticos. |
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