Incidência de infecções por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos em pacientes previamente colonizados

Introdução: Nos últimos anos, a incidência mundial de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) tem aumentado. A disseminação de ERC é preocupante considerando as limitações terapêuticas e a alta mortalidade de infecções causadas por essas bactérias. O objetivo deste estudo foi determinar a...

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Bibliographic Details
Main Authors: Paula Lüttjohann Rodrigues, Paola Hoff Alves, Afonso Luis Barth
Format: Article
Language:English
Published: Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 2015-09-01
Series:Clinical and Biomedical Research
Subjects:
ERC
Online Access:http://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/57907
Description
Summary:Introdução: Nos últimos anos, a incidência mundial de enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERC) tem aumentado. A disseminação de ERC é preocupante considerando as limitações terapêuticas e a alta mortalidade de infecções causadas por essas bactérias. O objetivo deste estudo foi determinar a incidência de infecções por ERC em pacientes previamente colonizados. Métodos: Estudo de coorte, retrospectivo, realizado em hospital universitário de Porto Alegre, no período de janeiro a dezembro de 2014. Foram incluídos todos os pacientes com coleta de swab retal para pesquisa de ERC. Foram considerados infectados pacientes com isolado de ERC em amostra clínica que apresentaram swab retal prévio positivo para a mesma espécie. A mortalidade bruta foi analisada em 30 dias após o isolamento de ERC. Resultados: Foram coletados 2.733 swabs retais, sendo 78 (2,85%) destes positivos para ERC (pacientes colonizados). Um total de 33% (26/78) dos pacientes colonizados também apresentaram ERC em amostra clínica. O tempo médio entre o isolamento de ERC em swab (colonização) e em material clínico (infecção) foi de 14,9 dias (± 13,6). A maior parte das amostras clínicas positivas para ERC foi em urina (46,1%; 12/26). A mortalidade foi de 61% (16/26) nos pacientes colonizados e com infecção versus 46% (24/52) nos pacientes colonizados que não desenvolveram infecção. Conclusão: Nossos dados demonstram que 1/3 de pacientes colonizados desenvolveram infecção por ERC. Foi possível observar uma mortalidade maior em pacientes infectados em relação a pacientes apenas colonizados por ERC.
ISSN:0101-5575
2357-9730