Summary: | A doença de Alzheimer tem vindo a aumentar exponencialmente, sendo atualmente considerada uma das epidemias do século XXI e contribuindo significativamente para a morbilidade e mortalidade observadas na população idosa. Assim, é um importante problema de saúde pública, com um impacto socioeconômico crescente. Os fármacos usados atualmente apenas contribuem para o alívio sintomático e não atuam no nível do processo neurodegenerativo nem curam a doença. Desse modo, desenvolver medidas preventivas e terapêuticas que sejam eficazes em atrasar ou em reverter o curso da doença é de extrema importância. Vários estudos têm demonstrado que fatores relacionados com o estilo de vida desempenham um papel central em reduzir o risco de desenvolver doença de Alzheimer ou, pelo menos, em atrasar o aparecimento dos sintomas. Um desses fatores é a nutrição, que influencia significativamente o risco de declínio cognitivo, demência e doença de Alzheimer. Um desses padrões dietéticos é a dieta Mediterrânica, que desempenha papel protetor nas alterações da função cognitiva, síndromes pré-demenciais e demência, e, portanto, poderá representar uma estratégia preventiva eficaz para a doença de Alzheimer, com baixos custos e escassos efeitos colaterais. Essas medidas preventivas promissoras poderão resultar em dados epidemiológicos importantes, o que poderá traduzir-se num progresso significativo na saúde pública. Foi efetuada uma pesquisa na PubMed de artigos acerca da associação entre alimentação e demência e, especificamente, acerca da associação entre uma maior adesão à dieta Mediterrânica e o menor risco de desenvolver doença de Alzheimer assim como a verificação de quais os potenciais mecanismos que explicam essa associação.
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