Summary: | A medida que a produção e o mercado de alimentos orgânicos foram se expandindo durante os anos 90, tanto no contexto internacional quanto no Brasil, os supermercados passaram a ter um papel dominante em relação aos canais alternativos de comercialização.Este artigo pretende contribuir na análise do papel do setor supermercadista na comercialização de produtos orgânicos, fundamentalmente frutas, legumes e verduras (FLV), e nos tipos de consumidor focalizados nas suas estratégias. Para isto, analisamos diversas referências bibliográficas - publicações especializadas no setor supermercadista e relatórios de agências de consultoria internacional, que nos permitam delinear algumas das características das estratégias dos supermercados na comercialização de orgânicos no mundo e no Brasil. Também procuramos, a partir da análise da estratégia dos supermercados, delinear algumas características do perfil dos consumidores. Argumentamos, a partir dos dados acima referenciados, que o consumo crescente de orgânicos nos supermercados é parte de uma demanda mais ampla por alimentos saudáveis que, por sua vez, faz parte de um estilo de vida que tem sido caracterizado como ego-trip, em contraste com o ecológico-trip.<br>As the production and commercialisation of organic food has been expanding since the 90s, both in the international and Brazilian context, supermarkets have assumed a dominant role in relation to alternative markets. This article intends to contribute to the analysis of this role, especially in the commercialisation of fruits, legumes and vegetables (FLV), and to identify the types of consumer that are addressed by their strategies. I use diverse bibliographic references - specialized publications of the retail sector and reports of international consultancy agencies. Through this material it is possible to characterized supermarket strategies in relation to organics in the world and particularly in Brazil. Also, through the analysis of those strategies, it is discussed the profile of the organic consumer. One of the main arguments of this article is that the growing consumption of organics at the supermarkets is part of a more broad demand for healthy food, that is also part of a lifestyle characterized as ego-trip, in opposition with one that can be more ecological responsible, the ecological-trip style of life.
|