Representações sociais de professores do Ensino Fundamental sobre afetividade na prática docente

O estudo tem como objetivo investigar representações sociais de professores do Ensino Fundamental sobre a afetividade na prática docente, contrastando-as com definições dos teóricos clássicos Piaget, Wallon e Vygotsky. Fundamenta-se na teoria moscoviciana das representações sociais e em conceitos so...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Carlos Fernandes de Morais, Rita de Cássia Pereira Lima
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estácio de Sá 2017-11-01
Series:Revista Educação e Cultura Contemporânea
Online Access:http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/3762
Description
Summary:O estudo tem como objetivo investigar representações sociais de professores do Ensino Fundamental sobre a afetividade na prática docente, contrastando-as com definições dos teóricos clássicos Piaget, Wallon e Vygotsky. Fundamenta-se na teoria moscoviciana das representações sociais e em conceitos sobre afetividade em Piaget, em Wallon e em Vygotsky, particularmente no campo da Educação. Com opção pela abordagem qualitativa, a pesquisa foi realizada em três campi de uma escola da rede federal de ensino do Rio de Janeiro. Participaram 10 professores do 2º ano do 1º segmento do Ensino Fundamental (Grupo I), e 10 professores do 9º ano do 2º segmento do Ensino Fundamental (Grupo II). Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas individuais, analisadas com apoio da análise de conteúdo temática. Dois temas-chave foram estabelecidos, com respectivas categorias: “Afetividade na escola” e “Referência a teóricos que estudaram a afetividade”. A discussão dos resultados se fundamentou na proposta moscoviciana de um modelo figurativo para estudos de representação social. No Grupo I, o modelo figurativo da representação social de afetividade na prática docente objetivou-se no termo “carinho”, associado a “professor afetuoso”, “abraços e beijos”, “palavras doces” e “aluno afetuoso”. No Grupo II, o modelo figurativo da representação objetivou-se no termo “empatia”, associado a “amizade com os alunos”, “permitir liberdade de expressão”, igualdade com os alunos”, “ser sensível ao saber dos alunos”. Devido ao escasso conhecimento dos autores clássicos (particularmente Piaget e Wallon), ou conhecimentos distorcidos, nos dois grupos a ancoragem pode estar relacionada à formação pedagógica dos professores, que talvez não aprofunde leituras sobre afetividade durante o curso. Os resultados possam instigar professores a estudarem teoricamente a afetividade para ampliar o olhar para suas práticas, assim como os cursos de formação docente a refletirem sobre o modo como estão oferecendo disciplinas que contém as teorias dos referidos autores. Palavras-chave: Representações sociais; Afetividade na prática docente; Professores; Ensino Fundamental.
ISSN:1807-2194
2238-1279