Summary: | RESUMO A micro-história italiana é geralmente conhecida como o produto dos ensinamentos de Giovanni Levi e Carlo Ginzburg, considerados seus pais fundadores. A figura de Edoardo Grendi é menos conhecida, sobretudo fora da Europa, e seu papel na formulação da proposta micro-histórica é até subestimado, apesar de ele ter sido, talvez, seu mais precoce teorizador. Graças à sua atenção aos problemas historiográficos internacionais e ao seu interesse pelas ciências sociais, Grendi se destacou como uma figura não convencional no contexto acadêmico do seu tempo, provocando um debate fecundo e também polêmico. É possível colocar sua lição, portanto, no mesmo plano das de Levi e Ginzburg, independentemente da separação entre micro-história social e cultural, no âmbito da qual elas foram inseridas. Esses três historiadores, de fato, protagonizaram a mesma batalha, que visava esclarecer as possibilidades e os limites do conhecimento do passado.
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