Tratamento da recidiva hemorrágica por varizes do esôfago em doentes esquistossomóticos operados Treatment of recurrent hemorrhage esophageal varices in schistosomotic patients after surgery

OBJETIVO: Padronizar o tratamento da recidiva hemorrágica por varizes do esôfago em esquistossomóticos, após operações não-derivativas. MÉTODOS: Tratamos 45 doentes esquistossomóticos que apresentaram recidiva hemorrágica por varizes do esôfago. Realizamos ultra-sonografia abdominal, e, estudos angi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: José Cesar Assef, Armando de Capua Junior, Luiz Arnaldo Szutan
Format: Article
Language:English
Published: Associação Médica Brasileira 2003-01-01
Series:Revista da Associação Médica Brasileira
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302003000400032
Description
Summary:OBJETIVO: Padronizar o tratamento da recidiva hemorrágica por varizes do esôfago em esquistossomóticos, após operações não-derivativas. MÉTODOS: Tratamos 45 doentes esquistossomóticos que apresentaram recidiva hemorrágica por varizes do esôfago. Realizamos ultra-sonografia abdominal, e, estudos angiográficos constituindo-se dois grupos: Grupo A - Dezenove doentes (42,2%) com ausência do baço, artéria esplênica ocluída e artéria e veia gástricas esquerdas pérvias, caracterizando a esplenectomia na operação anterior. Grupo B - Vinte e seis doentes (57,8%) com imagem esplênica ausente, artérias esplênica e gástrica esquerda ocluídas e veia gástrica esquerda não-opacificada, evidenciando esplenectomia e alguma forma de desvascularização gastroesofágica praticadas anteriormente. Os doentes do Grupo A foram reoperados para executar a desvascularização gastroesofágica e os do Grupo B, submetidos a programa de escleroterapia endoscópica. RESULTADOS: No Grupo A, um paciente (5,3%) apresentou recidiva hemorrágica no pós-operatório tardio. Na avaliação endoscópica final, as varizes esofágicas diminuíram, em número ou calibre, em 14 doentes (73,7%), desapareceram em três (15,8%) e em dois (10,5%), permaneceram inalteradas. No Grupo B, seis pacientes (23,1%) apresentaram recidiva do sangramento, controlada em quatro deles e em dois, que persistiram com sangramento praticou-se a derivação mesentérico-cava e ambos morreram. Na última avaliação endoscópica, as varizes esofágicas desapareceram em 17 doentes (65,4%), reduziram o número ou calibre em sete (26,9%) e, em dois (7,7%), permaneceram inalteradas. CONCLUSÕES: 1) A desvacularização gastroesofágica é adequada para os doentes esplenectomizados, com a artéria e a veia gástricas esquerdas pérvias. 2) Um programa de longa duração de escleroterapia endoscópica das varizes do esôfago pode ser uma opção para os doentes esplenectomizados, com a artéria gástrica esquerda ocluída e veia gástrica esquerda não-opacificada.<br>OBJECTIVE: To standardize the treatment recurrent hemorrhage esophageal varices in schistosomotic patients after non decompressive surgery. METHODS: We treated 45 patients with schistosomotic portal hypertension who presented recurrent hemorrhage esophageal varices. Performance of abdominal ultra-sonography and arteriographic studies and two groups were defined: Group A: Nineteen patients (42,2%) with absence of spleen, occluded splenic artery and patency of left gastric artery and vein, thus characterizing splenectomy at prior operation. Group B: Twenty six patients (57,8%) with absence of spleen image, occluded splenic and left gastric artery and non-opacified left gastric vein, showing splenectomy and some type of gastroesophageal devascularization performed before. Patients of Group A were reoperated to carry out the gastroesophageal devascularization and patients of Group B were submitted to a sclerotherapy program. RESULTS: In Group A, one patient (5.3%) presented recurrent hemorrhage on the late postoperative period. The esophageal varices decreased in number or diameter in 14 patients (73.7%), disappeared in three (15.8%) and remained unchanged in two (10.5%), under final endoscopic evaluation. In Group B, six patients (23.1%) presented recurrent bleeding. In four patients the acute hemorrhagic event were controlled. Two patients who underwent mesocaval shunt owing to unsuccess of these methods died postoperatively. Esophageal varices disappeared in 17 patients (65.4%), decreased in number or diameter in seven (26.9%) and remained unchanged in two (7.7%) after the last endoscopic evaluation. CONCLUSIONS: 1) The gastroesophageal devascularization is appropriated to splenectomized patients, with patency of left gastric artery and vein. 2) A long term of esophageal varices endoscopic sclerotherapy may be an option to splenectomized patients, with occluded left gastric artery and non-opacified left gastric ven.
ISSN:0104-4230
1806-9282