O (mau) gosto e o grotesco
Nosso estudo explora a força crítica do grotesco, que teve na obra de Wolfgang Kayser (1957) abordagem pioneira, entre a literatura e a pintura. O fenômeno é anterior ao séc. XV, quando se tornou o estilo dominante de ornamentação, mas sob influência de elementos oníricos e da commedia dell´arte ser...
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Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS)
2004-01-01
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doaj-1912ea56dba34be089a7990fcea673f72021-03-08T23:05:43ZdeuEditora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS)Veritas1984-67462004-01-01502169194000323341O (mau) gosto e o grotescoBorges, Bento ItamarNosso estudo explora a força crítica do grotesco, que teve na obra de Wolfgang Kayser (1957) abordagem pioneira, entre a literatura e a pintura. O fenômeno é anterior ao séc. XV, quando se tornou o estilo dominante de ornamentação, mas sob influência de elementos oníricos e da commedia dell´arte seria elevado a categoria estética. As observações pré-críticas de Kant sobre o belo e o sublime não equacionam grotesco e mau gosto. Victor Hugo, no prefácio de sua peça sobre Cromwel, defende o grotesco, através de motivos modernos, ou seja, românticos e cristãos, ao passo que, para Jennings, "o grotesco é o demoníaco trivializado". No Brasil colonial, Gregório de Matos Guerra inovou com suas sátiras, que bem representam o rebaixamento, traço fundamental do gênero que, de certa forma, sobrevive na atual comunicação de massas, misturado ao kitschhttp://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/34562/18078estéticateoria crítica |
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Nosso estudo explora a força crítica do grotesco, que teve na obra de Wolfgang Kayser (1957) abordagem pioneira, entre a literatura e a pintura. O fenômeno é anterior ao séc. XV, quando se tornou o estilo dominante de ornamentação, mas sob influência de elementos oníricos e da commedia dell´arte seria elevado a categoria estética. As observações pré-críticas de Kant sobre o belo e o sublime não equacionam grotesco e mau gosto. Victor Hugo, no prefácio de sua peça sobre Cromwel, defende o grotesco, através de motivos modernos, ou seja, românticos e cristãos, ao passo que, para Jennings, "o grotesco é o demoníaco trivializado". No Brasil colonial, Gregório de Matos Guerra inovou com suas sátiras, que bem representam o rebaixamento, traço fundamental do gênero que, de certa forma, sobrevive na atual comunicação de massas, misturado ao kitsch |
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