Refugiados e migrantes em campanhas públicas: dar voz a quem não tem voz
Este artigo foca-se no potencial persuasivo das campanhas de comunicação pública sobre refugiados e migrantes. A partir da análise da retórica a suportes (n=62), conclui-se que o discurso adota uma tática retórica assente na proposta aristotélica: ethos, pathos e logos. Os resultados indicam: 1) o u...
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
2020-12-01
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doaj-190c1b348bc0417a8e09271e5e2495c92021-04-13T08:58:16ZengCentro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)Comunicação e Sociedade1645-20892183-35752020-12-01387910510.17231/comsoc.38(2020).25531932Refugiados e migrantes em campanhas públicas: dar voz a quem não tem vozCélia Belim0https://orcid.org/0000-0001-9927-8018Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP), Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa), PortugalEste artigo foca-se no potencial persuasivo das campanhas de comunicação pública sobre refugiados e migrantes. A partir da análise da retórica a suportes (n=62), conclui-se que o discurso adota uma tática retórica assente na proposta aristotélica: ethos, pathos e logos. Os resultados indicam: 1) o uso da credibilidade da fonte e do sujeito ativo, construindo a impressão de que são dignos de confiança; 2) ao nível do pathos, a instigação da dimensão afetiva, motivando, potencialmente e com valor positivo, a empatia, o compadecimento, o exercício de reflexão, o reconhecimento do erro dos preconceitos, o peso da responsabilidade, o ímpeto a agir e a resolver problemas, a gratificação por ajudar e a consciencialização do contributo para algo positivo e, com valor negativo, a frustração e a culpa; 3) ao nível do logos, a força do realismo – alicerçada nos dados estatísticos, factos, exemplos e personalizações –, dos recursos estilísticos como a metáfora, do uso do ponto de interrogação e da riqueza e multiformismo da criatividade.https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/2553refugiadosmigrantescampanhas públicasdiscursoretórica |
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Este artigo foca-se no potencial persuasivo das campanhas de comunicação pública sobre refugiados e migrantes. A partir da análise da retórica a suportes (n=62), conclui-se que o discurso adota uma tática retórica assente na proposta aristotélica: ethos, pathos e logos. Os resultados indicam: 1) o uso da credibilidade da fonte e do sujeito ativo, construindo a impressão de que são dignos de confiança; 2) ao nível do pathos, a instigação da dimensão afetiva, motivando, potencialmente e com valor positivo, a empatia, o compadecimento, o exercício de reflexão, o reconhecimento do erro dos preconceitos, o peso da responsabilidade, o ímpeto a agir e a resolver problemas, a gratificação por ajudar e a consciencialização do contributo para algo positivo e, com valor negativo, a frustração e a culpa; 3) ao nível do logos, a força do realismo – alicerçada nos dados estatísticos, factos, exemplos e personalizações –, dos recursos estilísticos como a metáfora, do uso do ponto de interrogação e da riqueza e multiformismo da criatividade. |
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