Refugiados e migrantes em campanhas públicas: dar voz a quem não tem voz

Este artigo foca-se no potencial persuasivo das campanhas de comunicação pública sobre refugiados e migrantes. A partir da análise da retórica a suportes (n=62), conclui-se que o discurso adota uma tática retórica assente na proposta aristotélica: ethos, pathos e logos. Os resultados indicam: 1) o u...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Célia Belim
Format: Article
Language:English
Published: Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) 2020-12-01
Series:Comunicação e Sociedade
Subjects:
Online Access:https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/2553
Description
Summary:Este artigo foca-se no potencial persuasivo das campanhas de comunicação pública sobre refugiados e migrantes. A partir da análise da retórica a suportes (n=62), conclui-se que o discurso adota uma tática retórica assente na proposta aristotélica: ethos, pathos e logos. Os resultados indicam: 1) o uso da credibilidade da fonte e do sujeito ativo, construindo a impressão de que são dignos de confiança; 2) ao nível do pathos, a instigação da dimensão afetiva, motivando, potencialmente e com valor positivo, a empatia, o compadecimento, o exercício de reflexão, o reconhecimento do erro dos preconceitos, o peso da responsabilidade, o ímpeto a agir e a resolver problemas, a gratificação por ajudar e a consciencialização do contributo para algo positivo e, com valor negativo, a frustração e a culpa; 3) ao nível do logos, a força do realismo – alicerçada nos dados estatísticos, factos, exemplos e personalizações –, dos recursos estilísticos como a metáfora, do uso do ponto de interrogação e da riqueza e multiformismo da criatividade.
ISSN:1645-2089
2183-3575