Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914)
A expansão mundial da sala de cinema comercial entre os anos de 1908 e 1914 foi notável, e incontestável. Neste artigo, procuramos demonstrar que essa expansão, ou industrialização do cinema, desenvolveu-se em lógica empresarial que buscava explorar ao máximo a reprodutibilidade do filme e a multip...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade do Estado de Santa Catarina
2021-03-01
|
Series: | Tempo e Argumento |
Online Access: | https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/16717 |
id |
doaj-1736b95dd86a48b9ae72d5edc066b7c1 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-1736b95dd86a48b9ae72d5edc066b7c12021-03-25T20:03:48ZengUniversidade do Estado de Santa CatarinaTempo e Argumento2175-18032021-03-01133210.5965/2175180313322021e0203Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914)Luiz Felipe Cezar Mundim0UNICAMP A expansão mundial da sala de cinema comercial entre os anos de 1908 e 1914 foi notável, e incontestável. Neste artigo, procuramos demonstrar que essa expansão, ou industrialização do cinema, desenvolveu-se em lógica empresarial que buscava explorar ao máximo a reprodutibilidade do filme e a multiplicação do número de espectadores. Surgiu, daí, a primeira ideia de público de cinema. A formação desse público passou, ainda, pela naturalização do modo de representação do cinema clássico, com seus temas e formatos que instituíram a passividade nos indivíduos diante dos filmes. Entretanto, a posição do movimento operário francês do começo do século XX, diante do cinematógrafo, demonstra que a criação desse modo de representação não foi sentida passivamente. A convivência social dos operários nos primeiros anos de existência do cinema apresentou outra forma de relação com a imagem em movimento, diversa da comercial, apontando na categoria de “público” uma escala de análise na história contemporânea alternativa às noções consagradas de “massa” ou “espectador”. https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/16717 |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Luiz Felipe Cezar Mundim |
spellingShingle |
Luiz Felipe Cezar Mundim Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914) Tempo e Argumento |
author_facet |
Luiz Felipe Cezar Mundim |
author_sort |
Luiz Felipe Cezar Mundim |
title |
Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914) |
title_short |
Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914) |
title_full |
Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914) |
title_fullStr |
Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914) |
title_full_unstemmed |
Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914) |
title_sort |
quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na frança (1895-1914) |
publisher |
Universidade do Estado de Santa Catarina |
series |
Tempo e Argumento |
issn |
2175-1803 |
publishDate |
2021-03-01 |
description |
A expansão mundial da sala de cinema comercial entre os anos de 1908 e 1914 foi notável, e incontestável. Neste artigo, procuramos demonstrar que essa expansão, ou industrialização do cinema, desenvolveu-se em lógica empresarial que buscava explorar ao máximo a reprodutibilidade do filme e a multiplicação do número de espectadores. Surgiu, daí, a primeira ideia de público de cinema. A formação desse público passou, ainda, pela naturalização do modo de representação do cinema clássico, com seus temas e formatos que instituíram a passividade nos indivíduos diante dos filmes. Entretanto, a posição do movimento operário francês do começo do século XX, diante do cinematógrafo, demonstra que a criação desse modo de representação não foi sentida passivamente. A convivência social dos operários nos primeiros anos de existência do cinema apresentou outra forma de relação com a imagem em movimento, diversa da comercial, apontando na categoria de “público” uma escala de análise na história contemporânea alternativa às noções consagradas de “massa” ou “espectador”.
|
url |
https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/16717 |
work_keys_str_mv |
AT luizfelipecezarmundim quandoomalegrandeesemremedioradicaltomamosremediosimprovisadosaindustrializacaodocinemaeasorigensdaorganizacaodopubliconafranca18951914 |
_version_ |
1724203272201306112 |