Summary: | <p><em>Ana Terra</em> e <em>Um certo capitão Rodrigo </em>são romances que estão contidos na obra <em>O continente</em>, que por sua vez faz parte da saga <em>O tempo e o vento</em> escrito por Érico Veríssimo. Trata-se uma obra ficcional, histórica e regionalista, escrita entre 1949 e 1974, durante a fase da segunda geração modernista, em que a questão regionalista estava em discussão por abordar atributos culturais de diferentes regiões brasileiras e remotas entre si. Tal obra instiga estudos por conta de sua importância literária que envolve intrinsecamente questões políticas, sociais e históricas do século XVIII ao século XX. Levando em consideração o momento histórico em que a obra foi escrita, objetivamos investigar como o criador de <em>O tempo e o vento</em> apropriou-se do Regionalismo em face do Universalismo para a construção de Ana Terra e do capitão Rodrigo Cambará. Para tanto recorre-se a Zilberman (1992) e Marobin (1985, 1997) para a compreensão da questão regionalista e universalista. É sabido que o Regionalismo, no Brasil, iniciou com o programa do Romantismo nacional e que sofreu modificações no decorrer da literatura até o momento em que o Modernismo se institui como programa literário. Diante disso, percebe-se que o Regionalismo serve como elemento importante para a literatura nacional, mesmo com o passar das escolas literárias. O <em>corpus</em> desse artigo está centrado no estudo sobre Regionalismo e Universalismo e como essas duas questões sugerem a utilização de arquétipos, pautados na teoria de Jung (1978, 2000), na construção dos personagens Ana Terra e capitão Rodrigo Cambará, personagens esses que intitulam as duas obras em estudo: <em>Ana Terra</em> e <em>Um certo capitão Rodrigo</em>. Considera-se que os Arquétipos da teoria de Jung sugerem a Grande Mãe para construção de Ana Terra e o Herói, pautado nos estudos de Mark e Person (2003), para a construção do capitão Rodrigo Cambará.</p><p> </p><p><strong>DOI:</strong> https://doi.org/10.47295/mren.v7i2.1733</p>
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