Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica

RESUMO Na pesca de arrasto, são inúmeras as espécies de peixe capturadas acidentalmente, compostas, em sua maioria, de espécimes de pequeno tamanho e baixo valor comercial, os quais recebem o nome de rejeito de pesca. O presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de dois produtos, almônde...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: D.S. Ribeiro, F.A.A. Calixto, J.L.B. Guimarães, M. Aronovich, L.A.M. Keller, E.F.M. Mesquita
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais
Series:Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352018000100238&lng=en&tlng=en
id doaj-16c4b9d67e984945be2ac7ae68642a7f
record_format Article
spelling doaj-16c4b9d67e984945be2ac7ae68642a7f2020-11-24T22:02:31ZengUniversidade Federal de Minas GeraisArquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia1678-416270123824610.1590/1678-4162-8940S0102-09352018000100238Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológicaD.S. RibeiroF.A.A. CalixtoJ.L.B. GuimarãesM. AronovichL.A.M. KellerE.F.M. MesquitaRESUMO Na pesca de arrasto, são inúmeras as espécies de peixe capturadas acidentalmente, compostas, em sua maioria, de espécimes de pequeno tamanho e baixo valor comercial, os quais recebem o nome de rejeito de pesca. O presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de dois produtos, almôndega e quibe de peixe, tendo como matéria- prima espécies consideradas capturas acidentais na modalidade de pesca de arrasto realizada no litoral do Rio de Janeiro. A identificação taxonômica das espécies teve como resultado as espécies pargo (Pagrus pagrus), castanha (Umbrina sp.), olho-de-cão (Priacanthus arenatus), congro-negro (Conger sp.), congro-rosa (Genypterus brasiliensis) e peixe-sapo (Lophius gastrophysus). A matéria seca percentual na polpa foi de 31,20±1,30%, no quibe e na almôndega crus; os valores foram de 37,90±1,10 e 32,10±1,10, respectivamente. Nos produtos assados, os resultados foram 33,40±1,20 para o quibe e 34,20±1,00 para a almôndega. Os teores de cinzas na polpa foram 1,5% para o quibe e a almôndega crus; os valores de cinzas foram de 2,55±0,05 e 1,47±0,05, respectivamente. Para os produtos assados, os resultados foram 1,87±0,05 para o quibe e 1,92±0,05 para a almôndega. Os teores de lipídeos aferidos na polpa foram de 4,80±0,30%. Com relação ao quibe e à almôndega crus, o percentual de lipídeos foi de 4,20±0,80 e 4,20±0,60, respectivamente. Para os produtos assados, foi de 4,50±0,60 para o quibe e 4,40±0,60 para a almôndega. A proteína bruta apresentou, na polpa, um índice de 15,60±1,04%. Com relação ao quibe e à almôndega crus, 17,80±2,16 e 14,90±2,12, respectivamente. Para os produtos assados, 15,10±2,10 em ambos. Os compostos nitrogenados solúveis, formadores do NNP, apresentaram valores de 285mg NNP/100g de polpa de pescado crua, 291mg NNP/100g no quibe cru e 294mg NNP/100g na almôndega crua. Os resultados da contagem total de psicrotróficos mantiveram-se abaixo de log 7,0UFC/g, para contagem padrão em placas de microrganismos aeróbicos. Não foi constatada a presença de coliformes fecais Salmonella e Staphylococcus aureus. Também não foram detectados níveis de histamina e compostos à base de enxofre nas amostras.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352018000100238&lng=en&tlng=entrawl fisheryseafood technolognew productsfood safety
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author D.S. Ribeiro
F.A.A. Calixto
J.L.B. Guimarães
M. Aronovich
L.A.M. Keller
E.F.M. Mesquita
spellingShingle D.S. Ribeiro
F.A.A. Calixto
J.L.B. Guimarães
M. Aronovich
L.A.M. Keller
E.F.M. Mesquita
Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia
trawl fishery
seafood technolog
new products
food safety
author_facet D.S. Ribeiro
F.A.A. Calixto
J.L.B. Guimarães
M. Aronovich
L.A.M. Keller
E.F.M. Mesquita
author_sort D.S. Ribeiro
title Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
title_short Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
title_full Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
title_fullStr Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
title_full_unstemmed Produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
title_sort produtos de pescado elaborados com resíduos de arrasto: análise físico-química, microbiológica e toxicológica
publisher Universidade Federal de Minas Gerais
series Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia
issn 1678-4162
description RESUMO Na pesca de arrasto, são inúmeras as espécies de peixe capturadas acidentalmente, compostas, em sua maioria, de espécimes de pequeno tamanho e baixo valor comercial, os quais recebem o nome de rejeito de pesca. O presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de dois produtos, almôndega e quibe de peixe, tendo como matéria- prima espécies consideradas capturas acidentais na modalidade de pesca de arrasto realizada no litoral do Rio de Janeiro. A identificação taxonômica das espécies teve como resultado as espécies pargo (Pagrus pagrus), castanha (Umbrina sp.), olho-de-cão (Priacanthus arenatus), congro-negro (Conger sp.), congro-rosa (Genypterus brasiliensis) e peixe-sapo (Lophius gastrophysus). A matéria seca percentual na polpa foi de 31,20±1,30%, no quibe e na almôndega crus; os valores foram de 37,90±1,10 e 32,10±1,10, respectivamente. Nos produtos assados, os resultados foram 33,40±1,20 para o quibe e 34,20±1,00 para a almôndega. Os teores de cinzas na polpa foram 1,5% para o quibe e a almôndega crus; os valores de cinzas foram de 2,55±0,05 e 1,47±0,05, respectivamente. Para os produtos assados, os resultados foram 1,87±0,05 para o quibe e 1,92±0,05 para a almôndega. Os teores de lipídeos aferidos na polpa foram de 4,80±0,30%. Com relação ao quibe e à almôndega crus, o percentual de lipídeos foi de 4,20±0,80 e 4,20±0,60, respectivamente. Para os produtos assados, foi de 4,50±0,60 para o quibe e 4,40±0,60 para a almôndega. A proteína bruta apresentou, na polpa, um índice de 15,60±1,04%. Com relação ao quibe e à almôndega crus, 17,80±2,16 e 14,90±2,12, respectivamente. Para os produtos assados, 15,10±2,10 em ambos. Os compostos nitrogenados solúveis, formadores do NNP, apresentaram valores de 285mg NNP/100g de polpa de pescado crua, 291mg NNP/100g no quibe cru e 294mg NNP/100g na almôndega crua. Os resultados da contagem total de psicrotróficos mantiveram-se abaixo de log 7,0UFC/g, para contagem padrão em placas de microrganismos aeróbicos. Não foi constatada a presença de coliformes fecais Salmonella e Staphylococcus aureus. Também não foram detectados níveis de histamina e compostos à base de enxofre nas amostras.
topic trawl fishery
seafood technolog
new products
food safety
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352018000100238&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT dsribeiro produtosdepescadoelaboradoscomresiduosdearrastoanalisefisicoquimicamicrobiologicaetoxicologica
AT faacalixto produtosdepescadoelaboradoscomresiduosdearrastoanalisefisicoquimicamicrobiologicaetoxicologica
AT jlbguimaraes produtosdepescadoelaboradoscomresiduosdearrastoanalisefisicoquimicamicrobiologicaetoxicologica
AT maronovich produtosdepescadoelaboradoscomresiduosdearrastoanalisefisicoquimicamicrobiologicaetoxicologica
AT lamkeller produtosdepescadoelaboradoscomresiduosdearrastoanalisefisicoquimicamicrobiologicaetoxicologica
AT efmmesquita produtosdepescadoelaboradoscomresiduosdearrastoanalisefisicoquimicamicrobiologicaetoxicologica
_version_ 1725835459370680320