Considerations on some aspects of the relationship between intrinsic and extrinsic time in two 4-year-old-children’s and one adult’s speech for duration in brazilian portuguese
O trabalho tem como objetivo verificar as diferenças entre duas crianças de idade média de 4 anos e 5 meses e da professora delas na implementação do parâmetro acústico de duração. Crianças e professora são falantes do português brasileiro (PB) e foram gravadas num experimento de repetição de sente...
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Universidade Estadual de Campinas
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doaj-1661e45105544332932ac3bbbc852ea52021-06-21T13:17:45ZporUniversidade Estadual de CampinasCadernos de Estudos Lingüísticos2447-06862011-08-014310.20396/cel.v43i0.86371534864Considerations on some aspects of the relationship between intrinsic and extrinsic time in two 4-year-old-children’s and one adult’s speech for duration in brazilian portugueseAglael Juliana Aparecida Gama-Rossi0Pontifícia Universidade Católica de São Paulo O trabalho tem como objetivo verificar as diferenças entre duas crianças de idade média de 4 anos e 5 meses e da professora delas na implementação do parâmetro acústico de duração. Crianças e professora são falantes do português brasileiro (PB) e foram gravadas num experimento de repetição de sentenças a partir de modelo fornecido pela pesquisadora. A duração tem se mostrado o principal parâmetro acústico na implementação do acento lexical no PB. Uma drástica redução dos segmentos acústicos em posição pós-tônica tem sido observada no contorno duracional da fala adulta. Entretanto, a literatura sugere, e os dados aqui apresentados vão nessa direção, que crianças abaixo de 6 anos ainda não reduzem tais segmentos como os adultos, principalmente devido ao processo, em curso, de maturação neuromotora. Os dados mostram como as duas crianças aqui estudadas implementam o contorno duracional do PB diferentemente da professora e também com diferenças entre elas, sendo que a questão é sempre como lidar com a redução dos segmentos acústicos nas posições não-acentuadas, a partir de suas capacidades neuromotoras quando da gravação. Com isso, põe-se em discussão a relação entre tempo intrínseco (ou da unidade dinâmica adotada na análise, o gesto articulatório) e tempo extrínseco (ou dos relógios no nível da sílaba e do sintagma ou frase entoacional que interagem com o tempo do gesto articulatório), considerando,para tanto, como as crianças implementam o parâmetro de duração no segmento, na palavra e no contorno duracional da sentença. É proposto que um relógio extrínseco no nível da frase é ajustado antes do relógio extrínseco no nível da sílaba, sem que seja necessário postular um relógio extrínseco no nível do acento lexical, uma vez que as palavras, principalmente na fala da criança menor aqui estudada, parecem estar sendo tratadas como frases entoacionais. Tudo isso pode ser acomodado num modelo dinâmico do ritmo como aquele proposto por Barbosa (2001). https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637153Linguística. |
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O trabalho tem como objetivo verificar as diferenças entre duas crianças de idade média de 4 anos e 5 meses e da professora delas na implementação do parâmetro acústico de duração. Crianças e professora são falantes do português brasileiro (PB) e foram gravadas num experimento de repetição de sentenças a partir de modelo fornecido pela pesquisadora. A duração tem se mostrado o principal parâmetro acústico na implementação do acento lexical no PB. Uma drástica redução dos segmentos acústicos em posição pós-tônica tem sido observada no contorno duracional da fala adulta. Entretanto, a literatura sugere, e os dados aqui apresentados vão nessa direção, que crianças abaixo de 6 anos ainda não reduzem tais segmentos como os adultos, principalmente devido ao processo, em curso, de maturação neuromotora. Os dados mostram como as duas crianças aqui estudadas implementam o contorno duracional do PB diferentemente da professora e também com diferenças entre elas, sendo que a questão é sempre como lidar com a redução dos segmentos acústicos nas posições não-acentuadas, a partir de suas capacidades neuromotoras quando da gravação. Com isso, põe-se em discussão a relação entre tempo intrínseco (ou da unidade dinâmica adotada na análise, o gesto articulatório) e tempo extrínseco (ou dos relógios no nível da sílaba e do sintagma ou frase entoacional que interagem com o tempo do gesto articulatório), considerando,para tanto, como as crianças implementam o parâmetro de duração no segmento, na palavra e no contorno duracional da sentença. É proposto que um relógio extrínseco no nível da frase é ajustado antes do relógio extrínseco no nível da sílaba, sem que seja necessário postular um relógio extrínseco no nível do acento lexical, uma vez que as palavras, principalmente na fala da criança menor aqui estudada, parecem estar sendo tratadas como frases entoacionais. Tudo isso pode ser acomodado num modelo dinâmico do ritmo como aquele proposto por Barbosa (2001).
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