O (SUB)DESENVOLVIMENTO INSUSTENTÁVEL: A QUESTÃO AMBIENTAL NOS PAÍSES PERIFÉRICOS LATINO-AMERICANOS

A proposta do trabalho é obter elementos que possam contribuir na construção de uma perspectiva teórica crítica à Questão Ambiental e para uma realidade periférica, no caso latinoamericana. As categorias de análise foram construídas a partir de referências teóricas críticas (FURTADO, LAYRARGUES, CHE...

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Bibliographic Details
Main Author: Alexandre Bonfim
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal Fluminense 2018-06-01
Series:Trabalho Necessário
Online Access:https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/6104
Description
Summary:A proposta do trabalho é obter elementos que possam contribuir na construção de uma perspectiva teórica crítica à Questão Ambiental e para uma realidade periférica, no caso latinoamericana. As categorias de análise foram construídas a partir de referências teóricas críticas (FURTADO, LAYRARGUES, CHESNAIS, BETTELHEIM, ARRIGHI, MÉSZÁROS, KONDER, LÖWY entre outros) que questionaram o conceito de subdesenvolvimento e sobretudo problematizaram o conceito de “Desenvolvimento Sustentável”. A hipótese de trabalho foi mostrar que a proposta de Desenvolvimento Sustentável não foca os elementos principais da degradação do meio ambiente. A questão de trabalho foi: os países ditos “subdesenvolvidos”, “periféricos’ ou ”dependentes” podem se livrar de seu conteúdo de miséria, desorganização espacial, deseducação, pouca saúde, violência, etc. sem degradar seu meio ambiente? O trabalho mostra que as opções dos países periféricos não estão revertendo o quadro de destruição da natureza, as ações tomadas são superficiais ou ineficazes. O estudo infere que mais do que consciência da degradação será necessário impor mudanças ao próprio sistema societário que estimula o desenvolvimentismo, produtivismo, consumismo, chegando ao ponto de exaurir os recursos naturais. A conclusão vê a necessidade de se revigorar a crítica ao sistema social que nas duas últimas décadas se pôs hegemônico no mundo. E que as nações periféricas podem e devem fazer diferente. Reivindicar o direito de poluir, de consumir, de destruir como fizeram os países centrais não parece ser o caminho.
ISSN:1808-799X