Os saberes menores e a profanação acadêmica: os sentidos da experiência
Este artigo se propõe a discutir a relação entre o saber acadêmico-científico e os saberes cotidianos, experienciais, locais. Esta relação geralmente encontra-se organizada por uma hierarquia estática, na qual os saberes acadêmicos são valorizados e os saberes locais são questionados ou invisibiliza...
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2019-07-01
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doaj-162bb20be9af4f1d84b7ebedaa92a1602020-11-24T21:27:38ZporUniversidade Federal do Rio Grande do SulRevista Polis e Psique2238-152X2238-152X2019-07-01https://doi.org/10.22456/2238-152X.74587Os saberes menores e a profanação acadêmica: os sentidos da experiênciaMateus Freitas CundaLívia ZanchetCarolina Seibel ChassotEste artigo se propõe a discutir a relação entre o saber acadêmico-científico e os saberes cotidianos, experienciais, locais. Esta relação geralmente encontra-se organizada por uma hierarquia estática, na qual os saberes acadêmicos são valorizados e os saberes locais são questionados ou invisibilizados. Problematizamos esta organização através da investigação dos efeitos que se produzem quando estes diferentes saberes se propõem ao encontro e à afetação mútua. Para isso, trazemos duas experiências de pesquisas realizadas com “usuários de saúde mental”, onde estes também foram pesquisadores, ocupando lugares normalmente reservados aos acadêmicos. A partir do que estas estratégias metodológicas produziram, foi possível evidenciar os tensionamentos de poder que atravessam a produção de conhecimento. Verificamos também a potência de desterritorialização destes “saberes menores” que operam agenciamentos inesperados, desestabilizam as fronteiras instituídas, e que em seus devires-pesquisadores podem profanar a academia e dessacralizar a produção de conhecimento. https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/74587Usuários de saúde mentalExperiênciaPesquisa-intervenção |
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Este artigo se propõe a discutir a relação entre o saber acadêmico-científico e os saberes cotidianos, experienciais, locais. Esta relação geralmente encontra-se organizada por uma hierarquia estática, na qual os saberes acadêmicos são valorizados e os saberes locais são questionados ou invisibilizados. Problematizamos esta organização através da investigação dos efeitos que se produzem quando estes diferentes saberes se propõem ao encontro e à afetação mútua. Para isso, trazemos duas experiências de pesquisas realizadas com “usuários de saúde mental”, onde estes também foram pesquisadores, ocupando lugares normalmente reservados aos acadêmicos. A partir do que estas estratégias metodológicas produziram, foi possível evidenciar os tensionamentos de poder que atravessam a produção de conhecimento. Verificamos também a potência de desterritorialização destes “saberes menores” que operam agenciamentos inesperados, desestabilizam as fronteiras instituídas, e que em seus devires-pesquisadores podem profanar a academia e dessacralizar a produção de conhecimento. |
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