Summary: | RESUMO Este artigo aborda um aspecto relevante do ritual das refeições na corte de D. João VI, no Rio de Janeiro: a prataria de mesa. Isto é, objetos de luxo destinados a servir e a consumir os alimentos. Com base em um inventário de bens de mesa enviados do Rio de Janeiro para Lisboa junto com o monarca em seu retorno a Portugal, em 1821, este artigo procura refletir sobre as funções e possíveis usos desses objetos, assim como sobre a importância desse universo material para o funcionamento, representação e celebração da Casa Real portuguesa na sua nova sede. O artigo argumenta que a presença e o uso de baixelas de prata de serviço, mas também de grande aparato, nas refeições públicas da família real pode contribuir para se repensar a imagem de uma corte pobre e sem brilho recorrentemente reforçada na historiografia do período joanino.
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