Summary: | O artigo tem por objetivo mapear identidade(s) do professor de Matemática, constituídas nas redes discursivas dos sujeitos escolares contemporâneos de uma escola da rede privada de ensino da cidade de Novo Hamburgo (RS), quais sejam: coordenação pedagógica, professores de Matemática, professores de outras áreas do conhecimento e alunos de Ensino Fundamental e Médio. O material empírico analisado foi composto por entrevistas, aplicadas por meio de questionários semi-estruturados. As lentes teóricas utilizadas para a realização deste estudo tiveram inspiração na perspectiva pós-estruturalista, da qual se tomou as ferramentas analíticas identidade e discurso, advindas, respectivamente, das teorizações de Zygmunt Bauman e de Michel Foucault. Nas narrativas dos sujeitos escolares estudadas, delimitaram-se densidades de sentido, a partir das recorrências mapeadas nos questionários. Essas densidades apontaram para um professor de Matemática que possui identidades diferentes, cambiantes e múltiplas; mas, com recorrências, como: responsável, ético, interessado em aprender e empático, que domina os conteúdos, comprometido, que instiga a construção do conhecimento, criativo, motivado, que dá bons exemplos, coerente, educado, observador, que propõe atividades diversificadas, exigente, paciencioso, organizado, dedicado, que ama o que faz, que “explica bem” a matéria, que tira as dúvidas dos alunos, que corrige os exercícios e que é justo. Do material empírico e das densidades de sentido, emergiram as seguintes categorias para o professor de Matemática: professor múltiplo, inventivo, poderoso e milagroso.
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