Summary: | No início da década de 1990, diversos desafios – como a dissolução da Iugoslávia – foram responsáveis pelo aprofundamento da integração europeia e pelo estabelecimento da Política Externa e de Segurança Comum (PESC). Essa, mais tarde, teria na Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD) o seu braço mais visível de intervenção securitária regional. A partir daí, vários eventos tiveram repercussão na imagem da União como ator capaz de promover e manter a paz e a segurança, provocando a discussão sobre o seu papel na estabilidade do sistema internacional. Com a inserção na agenda da UE da necessidade de relações com a vizinhança que garantam a paz na Europa, a sua política externa passou a se voltar à interferência na elaboração de políticas securitárias domésticas nos Estados vizinhos mais frágeis. Por esse motivo, esta pesquisa oferece uma reflexão sobre a compreensão da atuação da UE em questões securitárias que envolvem países vizinhos não membros do bloco, objetivando, com isso, sugerir observações e questionamentos a respeito da atuação da UE no reforço dos domínios de segurança dos Estados que partilham a vizinhança na região.
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