Summary: | <p>O legado criativo de Shakespeare é marcado pela arte da apropriação de obras de seu tempo e de eras passadas, como textos clássicos greco-romanos, mitologias, escritos medievais e renascentistas e outros. Ele inseriu em seus escritos inúmeros intertextos oriundos de múltiplas fontes, entre eles centenas de referências bíblicas. O presente artigo examina as tessituras bíblicas que permeiam a tragédia shakespeariana de Macbeth. O objetivo é evidenciar que o dramaturgo incorporou várias passagens e temas que encontrou na Bíblia. Por meio do método analítico-comparativo, o artigo mostra como Shakespeare realizou tais apropriações e como conseguiu contextualizá-las e ressignificá-las. Os principais recursos intertextuais usados por Shakespeare em seu processo escritural, tais como a citação, a alusão e a analogia, foram explorados à luz de considerações críticas teorizadas por Mikhail Bakhtin, Dominique Maingueneau e Tiphaine Samoyault.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">O legado criativo de Shakespeare é marcado pela arte da apropriação de obras de seu tempo e de eras passadas, como textos clássicos greco-romanos, mitologias, escritos medievais e renascentistas e outros. Ele inseriu em seus escritos inúmeros intertextos oriundos de múltiplas fontes, entre eles centenas de referências bíblicas. O presente artigo examina as tessituras bíblicas que permeiam a tragédia shakespeariana de <em>Macbeth</em>. O objetivo é evidenciar que o dramaturgo incorporou várias passagens e temas que encontrou na <em>Bíblia</em>. Por meio do método analítico-comparativo, o artigo mostra como Shakespeare realizou tais apropriações e como conseguiu contextualizá-las e ressignificá-las. Os principais recursos intertextuais usados por Shakespeare em seu processo escritural, tais como a citação, a alusão e a analogia, foram explorados à luz de considerações críticas teorizadas por Mikhail Bakhtin, Dominique Maingueneau e Tiphaine Samoyault.</span></p>
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