Noturnas águas melancólicas: sobre "Noturno da Mosela", de Manuel Bandeira

Sérgio Buarque de Holanda, em “Trajetória de uma poesia”, nota que a “imagem do movimento e da queda d’água”, marcante nos primeiros poemas de Manuel Bandeira, “sobrevive longamente” a eles, configurando uma imagem “característica” da poética bandeiriana. O crítico argumenta que, “em horas mais somb...

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Main Author: Wilson José FLORES JR.
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Goiás 2013-11-01
Series:Texto Poético
Online Access:http://rtp.emnuvens.com.br/rtp/article/view/110
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spelling doaj-13f4c74465204b23af3934a4cfb8e6342020-11-25T02:11:38ZporUniversidade Federal de GoiásTexto Poético1808-53852013-11-0181310.25094/rtp.2012n13a110108Noturnas águas melancólicas: sobre "Noturno da Mosela", de Manuel BandeiraWilson José FLORES JR.0Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Sérgio Buarque de Holanda, em “Trajetória de uma poesia”, nota que a “imagem do movimento e da queda d’água”, marcante nos primeiros poemas de Manuel Bandeira, “sobrevive longamente” a eles, configurando uma imagem “característica” da poética bandeiriana. O crítico argumenta que, “em horas mais sombrias”, as águas representam “a própria transitoriedade e a fugacidade da existência”, como ocorre, por exemplo, em “Noturno da Mosela”. Este é um dos sentidos em jogo no poema e descreve bem uma de suas linhas de força. Mas, para além dele, há todo um conjunto de imagens (algumas inusitadas) que se entrecruzam, chocam-se e combinam-se de modo a construir uma expressão lírica da melancolia em que é ressaltada sua dimensão agressiva (que se impõe no poema sobre a acedia), centrada nas associações que se desenvolvem em torno da água, da noite e do quarto, projeções exteriores de um momento de autorreflexão da subjetividade lírica.http://rtp.emnuvens.com.br/rtp/article/view/110
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