A integração da Saúde Mental na Estratégia Saúde da Família
Introdução A integração da saúde mental (SM) na atenção primária (AP) é a principal garantia de acesso da população às boas práticas em SM. Embora amplamente recomendada há décadas, existem poucos modelos de integração efetiva da SM na AP. Em 2008 o Ministério da Saúde do Brasil criou o Núcleo de A...
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Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)
2014-12-01
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doaj-13ef08d458014512a82cc83b82b4dcac2020-11-25T01:01:05ZengFaculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)Interface: Comunicação, Saúde, Educação1807-57622014-12-01185179779810.1590/1807-57622014.0478S1414-32832014000400797A integração da Saúde Mental na Estratégia Saúde da FamíliaCarmen Lúcia Albuquerque de SantanaIntrodução A integração da saúde mental (SM) na atenção primária (AP) é a principal garantia de acesso da população às boas práticas em SM. Embora amplamente recomendada há décadas, existem poucos modelos de integração efetiva da SM na AP. Em 2008 o Ministério da Saúde do Brasil criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que passou a ser o responsável pela integração da SM na AP. O objetivo deste estudo é conhecer, a partir da ótica dos gerentes da AP, como se dá a integração da SM na AP, suas visões sobre o NASF e sugestões para melhorar este modelo de integração. A partir dos resultados apresentaremos recomendações para aperfeiçoar o modelo vigente de integração da SM na AP. Método Pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com orientação analítica – descritiva. Foram realizadas dez entrevistas semi-estruturadas com gerentes da AP, na região metropolitana de São Paulo. Trabalhou-se com o conceito de amostragem intencional, utilizando como critério de escolha os casos extremos ou desviantes. Foi utilizado o método da Análise Estrutural ou Framework Analysis, uma modalidade de análise de conteúdo. Resultados Os entrevistados consideraram haver mais barreiras do que facilitadores à integração da SM na AP. As barreiras e facilitadores apresentados estavam relacionados ao contexto social, fatores organizacionais, e componentes pessoais das equipes de trabalhadores. Os gerentes mostram não ter clareza sobre como operacionalizar suas ideias sobre integração da SM na AP e sobre o escopo das intervenções da SM na AP. Na visão dos gerentes a atuação do NASF ainda é incapaz de promover o cuidado integrado. Conclusões A implementação do cuidado em SM na AP é uma prioridade no cenário brasileiro atual, mas sua efetivação não ocorrerá sem o desenvolvimento de estratégias adequadas. Processos de trabalho que permitam uma integração e colaboração entre o cuidado do profissional da atenção primária e o especialista são de extrema necessidade. A política atual recomenda o cuidado compartilhado, entretanto as novas práticas de trabalho são difíceis de alcançar. Todos os gerentes entrevistados concordam que o melhor é integrar a SM na ESF, mas apontam que esta implementação permanece um desafio. A maior dificuldade não é criar a política de integração da SM na AP, mas viabilizar sua implementação. Por ser o NASF um modelo inovador, sobretudo por ter sido escolhido pelo Ministério da Saúde do Brasil como a estratégia de integração da saúde mental na ESF, é de grande importância a avaliação detalhada desta experiência. Ainda que questões mais específicas acerca da gestão dos NASF não dispensem pesquisas de avaliação mais aprofundadas, os resultados do presente estudo contribuem para estabelecer prioridades das intervenções da SM na AP e para produzir modificações relevantes e úteis para o aprimoramento dos atendimentos da ESF. Recomenda-se aperfeiçoamento do processo de trabalho do NASF e investigações sobre a natureza e exequibilidade do apoio matricial no contexto da AP.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832014000400797&lng=en&tlng=enSalud MentalAtención PrimariaOrganización de los serviciosInvestigación cualitativaAnálisis estructural |
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