O Modo Luso-Tropical de Fazer Ver a Guerra
Durante as últimas guerras que Portugal travou em África (1961-1974), milhares de soldados africanos incorporaram as Forças Armadas Portuguesas (FAP). Se, por um lado, o recrutamento de africanos e o tipo de organização militar implementado pelo poder colonial serviram para dar resposta a exigências...
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doaj-13c428091497481c99106167e9e9b95c2021-04-28T02:02:45ZporAssociação Brasileira de Pesquisadores de História da MídiaRevista Brasileira de História da Mídia2238-39132238-51262016-01-015110.26664/issn.2238-5126.51201645192364O Modo Luso-Tropical de Fazer Ver a GuerraFátima Rodrigues0Universidade Lusíada do PortoDurante as últimas guerras que Portugal travou em África (1961-1974), milhares de soldados africanos incorporaram as Forças Armadas Portuguesas (FAP). Se, por um lado, o recrutamento de africanos e o tipo de organização militar implementado pelo poder colonial serviram para dar resposta a exigências particulares colocadas pela guerra de guerrilha, por outro lado, a propaganda ideológica utilizou esse processo de africanização para promover a ideia de que Portugal desenvolvia uma política integracionista adequada a uma nação pluri-continental e pluri-racial, reforçando o discurso legitimador da manutenção do domínio português em África. O que se pretende com este artigo é apresentar uma reflexão acerca da utilização propagandística dos combatentes africanos das FAP na imprensa diária portuguesa publicada entre 1961 e 1974.https://revistas.ufpi.br/index.php/rbhm/article/view/4519 |
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Durante as últimas guerras que Portugal travou em África (1961-1974), milhares de soldados africanos incorporaram as Forças Armadas Portuguesas (FAP). Se, por um lado, o recrutamento de africanos e o tipo de organização militar implementado pelo poder colonial serviram para dar resposta a exigências particulares colocadas pela guerra de guerrilha, por outro lado, a propaganda ideológica utilizou esse processo de africanização para promover a ideia de que Portugal desenvolvia uma política integracionista adequada a uma nação pluri-continental e pluri-racial, reforçando o discurso legitimador da manutenção do domínio português em África. O que se pretende com este artigo é apresentar uma reflexão acerca da utilização propagandística dos combatentes africanos das FAP na imprensa diária portuguesa publicada entre 1961 e 1974. |
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