Summary: | A pesquisa investigou a trajetória do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense num período de conquistas, o que permitiu verificar a adoção de padrões neoliberais de comportamento mesmo sob a ausência de processos de precarização. Como resultado, o artigo apresenta um cenário sindical marcado por combatividade e atuação na cena pública da região, mas também eivado de ceticismo ante qualquer ação interlocal e intersindical. Trata-se de um sindicato potente em termos de representação direta de seus afiliados, mas que naturaliza seu viés competitivo contra outras regiões e bases sindicais. Trabalhou-se a hipótese de que a ação sindical teria sido fortemente reconfigurada por dois fatores: pelo ambiente de mobilidade dos capitais e pelo processo de normalização neoliberal dos modos de governar o território. As evidências empíricas foram recolhidas a partir entrevistas com lideranças operárias, produção acadêmica sobre a região, boletins sindicais e material jornalístico.
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