Summary: | O sistema de saúde do Reino Unido tem passado por uma grande transformação, visando a melhoria e inovação do setor. Uma forte característica desta mudança é a descentralização das iniciativas e maior participação de agentes de saúde locais em decisões estratégicas e introdução do setor privado através de parcerias público privadas que visam o desenvolvimento, construção e manutenção dos empreendimentos por longos períodos contratuais. Neste contexto, os empreendimentos de saúde são desenvolvidos por uma complexa rede de agentes, com interesses distintos e muitas vezes conflitantes, além de apresentarem pouca experiência na realização deste processo. Estes fatores contribuem para uma má gestão de requisitos e baixa qualidade de projeto. Com o intuito de contribuir para a melhoria da gestão desses empreendimentos, um modelo de gestão de benefícios vem sendo desenvolvido e implementado pela universidade de Salford. Este modelo visa auxiliar a gestão dos interesses das diversas partes envolvidas ao longo do ciclo de vida do empreendimento. Neste sentido, o objetivo deste artigo é discutir como poderiam ser adotados os princípios da gestão de benefícios no processo de projeto destes empreendimentos. A presente pesquisa foi realizada através da participação dos autores no desenvolvimento do modelo, acompanhada de uma revisão de literatura sobre práticas adotadas no processo de projeto que consideram aspectos relacionados com a gestão de benefícios. Como resultado, sugere-se uma abordagem baseada em observações empíricas do processo de gestão de benefícios e no estudo das práticas existentes que consideram aspectos semelhantes aos da gestão de benefícios.
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