Summary: | Ainda que nas últimas décadas a temática de Gênero tenha ganhado espaço na arqueologia brasileira e os contextos funerários tenham sido privilegiados para ampliar tais discussões sobre o passado pré-colonial, raras são as reflexões que conseguem criar inferências que vão além do dimorfismo sexual dos remanescentes esqueléticos. Esse artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão acerca do gênero enquanto performance e como esta torna-se relevante para interpretações quem rompem com os paradigmas biológicos e do binarismo. No que se segue, um breve panorama sobre Gênero e Arqueologia é apresentado, perpassando por alguns estudos de casos que buscaram ir além do sexo em estudos com vasilhames cerâmicos e suas relações com os dados mortuários e, para finalizar, exemplos etnográficos que elucidam e nos orientam a pensar sobre a diversidade de gênero existente em grupos ameríndios.
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