Summary: | As tecnologias digitais questionam o modo de pensar o livro tradicional e dão origem a novos espaços de escrita e de leitura e a novos tipos de texto. A teoria do hipertexto tem vindo a conceptualizar essas mudanças. Procuramos demonstrar que esta tem diferentes matrizes, a partir da análise dos trabalhos de Theodor H. Nelson e de Douglas Engelbart, e, a partir deles, da oposição entre associação e conexão, entre hipertexto como ferramenta autoral e literária ou como sistema de recuperação de informação, reflectindo ainda sobre a situação dos sistemas hipertextuais standalone face ao aparecimento da World Wide Web. Por fim, o recurso à noção de infoesfera de Luciano Floridi, entendida como espaço semântico constituído pela totalidade dos documentos, dos agentes e das suas operações, permite caracterizar uma nova ecologia onde o homo informaticus é uma espécie anfíbia, vivendo simultaneamente na biosfera e na infoesfera, implicando o desenvolvimento de novas competências de leitura através de campos semióticos híbridos e multimodais
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