Summary: | Sócrates defende a vida filosófica sob ameaça de pena de morte nos <em>Diálogos</em> de Platão: <em>Górgias</em>, <em>Apologia</em>, <em>Críton</em> e <em>Fédon</em>. Nesse último retomam-se e resumem-se as defesas anteriores. No <em>Fédon</em>, por uma série de reiterados e entrecruzados indícios de apropriação retórica e filosófica do imaginário mítico, a morte se torna metáfora do conhecimento, o corpo metonímia do sensível, o Deus Hades metáfora do inteligível e os Deuses antonomásia das ideias ou formas inteligíveis. Se o sentido dessa apropriação fosse levado em conta na leitura do diálogo, sua compreensão, a meu ver, sofreria uma reviravolta e se tornaria muito mais filosófica.
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