Manifestações oftalmológicas dos pacientes idosos com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana

Resumo Objetivos: Identificar e descrever as alterações oculares em idosos com HIV ou aids através de exame oftalmológico. Avaliar a associação entre as alterações oculares encontradas e o nível de linfócitos T CD4, tempo da terapia antirretroviral, características demográficas e faixa etária. Mét...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Annamaria Ciminelli Barbosa, Renato Sztern Queiroz, Giovanni NIcola Colombini, Arlindo Jose Freire Portes, Walter Araujo Eyer-Silva
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2019-05-01
Series:Revista Brasileira de Oftalmologia
Subjects:
HIV
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802019000200091&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo Objetivos: Identificar e descrever as alterações oculares em idosos com HIV ou aids através de exame oftalmológico. Avaliar a associação entre as alterações oculares encontradas e o nível de linfócitos T CD4, tempo da terapia antirretroviral, características demográficas e faixa etária. Métodos: Série de 40 casos de pacientes idosos com HIV examinados nos serviços de oftalmologia e imunologia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG) de janeiro de 2017 a junho de 2018. Foi realizado o seguinte exame oftalmológico: anamnese, acuidade visual, motilidade ocular, reflexo pupilar, biomicroscopia, tonometria de aplanação e fundoscopia. As análises estatísticas foram realizadas pelo SPSS 20.0. Resultados: A média de idade dos 40 pacientes foi 64,7 anos (dp: 5,1) e o diagnóstico de infeção pelo HIV foi em média há 16.6 anos (dp:7). A maioria dos pacientes examinados possui visão normal (n=22; 55%) e pressão intraocular normal (entre 11 e 21 mmHg). As principais queixas dos pacientes durante a anamnese foram: embaçamento visual (50%), redução da acuidade visual (47.5%), prurido ocular (27.5%), lacrimejamento (25%) e ardência (25%). As alterações biomicroscópicas mais frequentes foram catarata (92.5%), seguida de olho seco (32.5%). Na fundoscopia encontrou-se 43,8 % de alterações da vascularização retiniana, 43.8 % de alterações relacionadas ao nervo óptico e 31,3% relacionadas ao pólo posterior da retina. Conclusão: Alterações oculares foram comuns e podem ser justificadas pela: senilidade, estado inflamatório gerado pela infecção crônica do HIV, efeitos adversos da Terapia antirretroviral prolongada e senescência biológica precoce associada a infecção do HIV.
ISSN:1982-8551