Summary: | A discussão sobre estratégias qualitativas de pesquisa encontra-se presente na psicologia social desde a primeira metade do século XX. Entretanto, sob a hegemonia de pressupostos positivistas nesse campo de conhecimento, apenas com a emergência da "crise" da psicologia social, nos anos 1960, que essas estratégias conseguiram alcançar maior legitimação e visibilidade, inclusive na América Latina. Nosso objetivo nesse texto é refletirmos, a partir de uma perspectiva crítica de ciência e da Teoria Democrática Radical e Plural, sobre ser a democracia, como uma forma de sociedade, uma condição de possibilidade para a produção de narrativas e de metodologias participativas. Reflexão feita em torno de dois eixos que se complementam: eixo epistemológico, concebendo o conhecimento como uma prática social; eixo político, abordando o lugar do pesquisador, na relação com os pesquisados, no enfrentamento a relações de dominação.
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