O MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEM) COMO INDICADOR DE DISFUNÇÃO COGNITIVA APÓS TCE GRAVE
O objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submeti...
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doaj-117f8c15cbb64173bc02114bd0b379362020-11-25T01:15:18ZengUniversidade de São PauloRevista da Escola de Enfermagem da USP1980-220X28328129210.1590/0080-6234199402800300281S0080-62341994000300281O MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEM) COMO INDICADOR DE DISFUNÇÃO COGNITIVA APÓS TCE GRAVEMaria Sumie KoizumiRegina Márcia Cardoso de SousaMirna Namie OkamuraO objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submetidos ao Mini-exame do Estado Mental (MEM). O tempo médio entre o trauma e a aplicação desse exame foi de 74 dias. Utilizou-se como ponto de corte o escore igual ou inferior a 23, obteve-se 35% de pacientes com disfunção cognitiva. Nos pacientes com MEM < 23 uma relação de 2:1 foi observada quando comparou-se o grupo de pacientes com escolaridade inferior a 4 anos com aquele superior a 4 anos. Os resultados dos testes estatísticos indicam que houve uma forte associação negativa entre a obtenção de pontuação igual ou maior que 24 e a escolaridade maior que 4 anos (Q= -0,9). Ainda nos pacientes com MEM < 23, o único item pouco afetado foi o registro de dados. Os demais itens, orientação, atenção e cálculo, memória de fixação e linguagem foram afetados tanto naqueles com escolaridade inferior como superior a 4 anos. Os resultados obtidos indicam que além das intervenções de enfermagem decorrentes do diagnóstico disfunção cognitiva dirigidas especificamente ao paciente é preciso estar atento para incluir a família no tratamento, seja no que se refere ao esclarecimento das condições do paciente, seja na forma de tratá-lo nesta fase de convalescença.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62341994000300281&lng=en&tlng=enCognitive disfunctionMental StateHead injury |
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O objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submetidos ao Mini-exame do Estado Mental (MEM). O tempo médio entre o trauma e a aplicação desse exame foi de 74 dias. Utilizou-se como ponto de corte o escore igual ou inferior a 23, obteve-se 35% de pacientes com disfunção cognitiva. Nos pacientes com MEM < 23 uma relação de 2:1 foi observada quando comparou-se o grupo de pacientes com escolaridade inferior a 4 anos com aquele superior a 4 anos. Os resultados dos testes estatísticos indicam que houve uma forte associação negativa entre a obtenção de pontuação igual ou maior que 24 e a escolaridade maior que 4 anos (Q= -0,9). Ainda nos pacientes com MEM < 23, o único item pouco afetado foi o registro de dados. Os demais itens, orientação, atenção e cálculo, memória de fixação e linguagem foram afetados tanto naqueles com escolaridade inferior como superior a 4 anos. Os resultados obtidos indicam que além das intervenções de enfermagem decorrentes do diagnóstico disfunção cognitiva dirigidas especificamente ao paciente é preciso estar atento para incluir a família no tratamento, seja no que se refere ao esclarecimento das condições do paciente, seja na forma de tratá-lo nesta fase de convalescença. |
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