Summary: | <p><strong>Introduçã</strong><strong>o:</strong> Este trabalho se refere a uma técnica de vivência realizada em um encontro dos seguintes projetos de extensão - "Psicologia da Morte: grupos terapêuticos e atendimento individual a pessoas enlutadas" e "Educação para a morte: grupos educativos para profissionais da saúde".Embora universal, pessoal, irreversível e intransferível, são propiciados poucos momentos de reflexão sobre a morte. Ao entrar em contato com alguém que está morrendo, o homem é lembrado a todo o momento de sua própria finitude. Entretanto, como sugere MARANHÃO (1999), em nossa sociedade atual dirigida para a produtividade, pouco se pensa na morte e se fala dela o menos possível, gerando uma maior dificuldade de lidar com a mesma. ANDRADE-LOPES (2003) destaca que tornar nossos comportamentos sensíveis a nossa finitude pode promover uma maior adesão, participação e responsabilidade nas práticas de saúde, o que se faz extremamente necessário em uma sociedade na qual se acredita que pensar em doença atrai doença; que quem procura, acha; afastando os pacientes da realização de exames periódicos e cuidados com a saúde em geral. <strong>Objetivos: </strong>Promover uma sensibilização em relação à própria finitude, com vistas a uma maior valorização da própria vida e uma reflexão ativa sobre o modo como nossa sociedade lida com a morte. <strong>Métodos: </strong>Chegando ao grupo, os participantes encontram envelopes fechados, nos quais há notícias de jornais sobre a morte de alguém, entretanto na notícia utilizada no encontro, o nome do real falecido é substituído pelo nome do participante do grupo. Após todos os participantes abrirem os envelopes e lerem sua notícia de jornal, realiza-se uma discussão na qual todos devem dizer o que sentiram e pensaram em relação a isso. <strong>Resultados: </strong>Os participantes relatam que sentiram um impacto ao ler a notícia, o que os levou a valorizar suas vidas e suas relações. Falaram ainda que ao ver seus nomes nas tiras de jornal, perceberam o quanto a morte é banalizada nos dias atuais. Discutiram também sobre o modo como idealizamos a morte, projetando-a para o futuro, se possível sem dor, quando na verdade, não é sempre assim que ela ocorre e que talvez isso contribua para a dificuldade de aceitá-la quando ocorre de maneira diferente daquilo que idealizamos. Referências: ANDRADE-LOPES, A. Formação e práticas de profissionais da saúde em interação com pacientes oncológicos. Tese de doutorado - UFSCar, 2003. MARANHÃO, J. L. S. O que é morte. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999.</p>
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