Flora lenhosa no paisagismo de escolas públicas: percepção dos gestores sobre a escolha das espécies e do seu potencial didático

A arborização de espaços urbanos tem por finalidade mitigar efeitos danosos gerados pela modificação dos ambientes naturais, assim como objetivos estéticos. Esta ação, por vezes, ocorre de forma desordenada, podendo gerar transtornos pela introdução de espécies exóticas. As escolas também promovem...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Francisco Alves Santos, Alexsandra de Sousa Cordeiro, Maria Adriele dos Santos de Sousa, Isabel Cristina Higino Santana, Andréa Pereira Silveira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Aveiro 2020-07-01
Series:Indagatio Didactica
Subjects:
Online Access:https://proa.ua.pt/index.php/id/article/view/20043
Description
Summary:A arborização de espaços urbanos tem por finalidade mitigar efeitos danosos gerados pela modificação dos ambientes naturais, assim como objetivos estéticos. Esta ação, por vezes, ocorre de forma desordenada, podendo gerar transtornos pela introdução de espécies exóticas. As escolas também promovem arranjos florestais na composição da arborização envolvente. Neste contexto, pretendeu-se entender o processo para a constituição da coleção paisagística de escolas públicas de ensino médio de Itapipoca, Ceará, Brasil. O estudo foi dividido em duas etapas, a primeira correspondeu à apresentação da pesquisa sobre a aplicação de um questionário aos gestores de três escolas, procurando compreender os critérios norteadores para a escolha das espécies. Na segunda realizou-se o levantamento e a identificação das espécies lenhosas utilizadas na arborização das escolas. Foi possível identificar a ausência de critérios técnicos e científicos para a escolha das espécies, assim como a falta de entendimento deste ambiente como espaço de utilização pedagógica em aulas de Ciências e Biologia. A flora foi composta por 20 espécies, sendo 11 exóticas e 9 nativas, com predomínio da exótica Azadirachta indica A. Juss, que contabilizou 65% dos indivíduos amostrados. Estas informações apontam não só para a necessidade de uma discussão sobre os potenciais riscos de utilização de espécies exóticas, como ações de sensibilização para o reconhecimento, a valorização e a utilização das espécies nativas em atividades pedagógicas, nos espaços arborizados das escolas. 
ISSN:1647-3582