Ressonância magnética vs cintilografia com pirofosfato marcado com tecnécio-99m para a detecção de necrose miocárdica perioperatória Magnetic resonance vs technetium-99m pyrophosphate scintigraphy in the detection of perioperative myocardial necrosis
FUNDAMENTO: O infarto do miocárdio perioperatório (IMPO) é uma complicação da cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) com potencial impacto prognóstico. A cintilografia miocárdica (CM) com pirofosfato marcado com tecnécio-99m é utilizada no diagnóstico de IMPO, mas demonstra limitada sensibili...
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Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
2008-08-01
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Series: | Arquivos Brasileiros de Cardiologia |
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Guilherme Urpia Monte Luciano Ferreira Drager Fábio Solano de Freitas Souza Luiz Francisco Rodrigues de Ávila José Rodrigues Parga Filho Luiz Antônio Machado César Marisa Izaki José Cláudio Meneghetti Carlos Eduardo Rochitte Roberto Kalil Filho |
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Guilherme Urpia Monte Luciano Ferreira Drager Fábio Solano de Freitas Souza Luiz Francisco Rodrigues de Ávila José Rodrigues Parga Filho Luiz Antônio Machado César Marisa Izaki José Cláudio Meneghetti Carlos Eduardo Rochitte Roberto Kalil Filho Ressonância magnética vs cintilografia com pirofosfato marcado com tecnécio-99m para a detecção de necrose miocárdica perioperatória Magnetic resonance vs technetium-99m pyrophosphate scintigraphy in the detection of perioperative myocardial necrosis Arquivos Brasileiros de Cardiologia Estudo comparativo imagem por ressonância magnética miocárdio pirofosfato de Tecnécio Tc 99 m infarto do miocárdio revascularização miocárdica Comparative studies magnetic resonance imaging myocardial technetium Tc99m pyrophosphate myocardial infarction myocardial revascularization |
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FUNDAMENTO: O infarto do miocárdio perioperatório (IMPO) é uma complicação da cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) com potencial impacto prognóstico. A cintilografia miocárdica (CM) com pirofosfato marcado com tecnécio-99m é utilizada no diagnóstico de IMPO, mas demonstra limitada sensibilidade para lesões subendocárdicas. A ressonância magnética cardiovascular (RMC), por sua vez, detém alta acurácia para a detecção de necrose miocárdica. OBJETIVO: Comparar a RMC e a CM para a detecção de IMPO após CRM. MÉTODOS: Foram estudados 24 pacientes portadores de doença arterial coronária crônica, com a técnica de realce tardio pela RMC e com a CM, antes e depois da CRM, analisando-se o surgimento de áreas de necrose miocárdica perioperatória (IMPO). Mensuraram-se também marcadores bioquímicos de lesão miocárdica (CKMB e troponina I), antes e depois da cirurgia. RESULTADOS: Dezenove pacientes completaram o estudo. Desses, 6 (32%) apresentaram IMPO à RMC, e 4 (21%) à CM (p = NS). Dos 323 segmentos do ventrículo esquerdo avaliados, 17 (5,3%) exibiram necrose perioperatória à RMC, e 7 (2,2%) à CM (p = 0,013). Observou-se moderada concordância entre os métodos (kappa = 0,46), havendo divergência, quanto ao diagnóstico de IMPO, em 4 (21%) casos, a maioria com pequenas áreas de necrose perioperatória à RMC, não visualizadas à CM. Em todos os casos com IMPO à RMC, houve elevação significativa de CKMB e troponina I. CONCLUSÃO: Houve moderada concordância diagnóstica entre os métodos para a detecção de IMPO, mas a RMC permitiu a visualização de pequenas áreas de necrose miocárdica perioperatória, não identificadas pela CM e associadas à elevação de marcadores bioquímicos de lesão miocárdica.<br>BACKGROUND: Perioperative myocardial infarction (POMI) is a complication of coronary artery bypass grafting (CABG) with a potential prognostic impact. Technetium-99m pyrophosphate myocardial scintigraphy (MS) is used in the diagnosis of POMI; however it shows a limited sensitivity for subendocardial lesions. Cardiovascular magnetic resonance imaging (CMRI), in turn, has a high accuracy in the detection of myocardial necrosis. OBJECTIVE: To compare CMRI and MS for the detection of POMI after CABG. METHODS: A total of 24 patients with chronic coronary artery disease were studied using the delayed contrast enhanced CMRI and MS before and after CABG by analyzing the development of areas of perioperative myocardial necrosis (POMI). Biochemical markers of myocardial injury (CKMB and troponin I) were also determined before and after surgery. RESULTS: Nineteen patients completed the study. Of these, 6 (32%) presented POMI on CMRI and 4 (21%) on MS (p = NS). Of the 323 left ventricular segments assessed, 17 (5.3%) showed perioperative necrosis on CMRI and 7 (2.2%) on MS (p = 0.013). Moderate agreement was observed between the methods (kappa = 0.46). There was disagreement regarding the diagnosis of POMI in 4 (21%) cases, most of them with small areas of perioperative necrosis on CMRI which were not visualized on MS. In all cases with POMI on CMRI, significant CKMB and troponin I elevations were observed. CONCLUSION: Moderate diagnostic agreement was observed between the methods for the detection of POMI, but CMRI enabled visualization of small areas of perioperative myocardial necrosis which were not identified on MS and were associated with elevation of biochemical markers of myocardial injury. |
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