Modelos de Composição e Percepção de Xenakis: <i>Concret PH</i> e o Pavilhão Philips

Este artigo aborda os modelos de composição e percepção de Xenakis. Segundo o próprio compositor, seu modelo de composição é baseado em distintas formalizações iniciais (estruturas fora-do-tempo), cujo objetivo é gerar dados musicais (estruturas no-tempo), tendo muitas vezes como referên...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Danilo Rossetti
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música 2012-05-01
Series:Opus
Subjects:
Online Access:http://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/186
Description
Summary:Este artigo aborda os modelos de composição e percepção de Xenakis. Segundo o próprio compositor, seu modelo de composição é baseado em distintas formalizações iniciais (estruturas fora-do-tempo), cujo objetivo é gerar dados musicais (estruturas no-tempo), tendo muitas vezes como referência o novo paradigma da ciência moderna do século XX. Por outro lado, a questão da sensibilidade musical é abordada por Xenakis a partir de um viés fundamentado na fenomenologia. Para ilustrar esta dualidade em seu processo criativo, abordaremos analiticamente o processo composicional de sua obra eletroacústica Concret PH (1958) e sua difusão no interior do Pavilhão Philips, cuja concepção de espacialidade se dá a partir do conceito de “gesto eletrônico”. Para a discussão teórica sobre seu modelo perceptivo, trazemos algumas considerações sobre espaço e tempo originárias de Kant e Merleau-Ponty. Já para a análise de Concret PH, nos reportaremos ao modelo de representação sonora de Gabor e ao conceito de trama de Xenakis, além de análises espectrais.
ISSN:0103-7412
1517-7017