Summary: | São passados em revista os principais tipos de tratamento empregados para a correção das falhas ósseas cranianas, sendo discutidas algumas de suas vantagens e desvantagens. Os resultados obtidos com o uso do metil-metacrilato em cranioplastias são, na opinião de muitos autores, bastante satisfatórios, raramente sendo registradas complicações. É apresentada a experiência com o metilmetacrilato em 35 pacientes portadores de defeitos ósseos cranianos: 32 cranioplastias, duas correções de rinoliquorréias e um caso em que, simultâneamente, foram feitas cranio-plastia e tamponamento de fístula. O seguimento dos doentes foi de 4 anos em apenas um caso; em outros dez variou de um a três anos e nos demais casos foi inferior a um ano. Em 4 casos houve supuração local, tornando-se necessário remover a prótese para que o processo supurativo fôsse controlado. Houve um caso de óbito dois meses após a cranioplastia, em conseqüência de abscesso cerebral. Em 26 cranioplastias os resultados estéticos foram satisfatórios, havendo apenas em um caso deslocamento da prótese. Nos três casos de rinoliquorréias houve desaparecimento da perda de líquido cefalorraqueano após as intervenções cirúrgicas com a resina acrílica. Em 29 cranioplastias o metilmetacrilato foi aplicado diretamente sôbre as falhas ósseas, sem proteção alguma dos tecidos subjacentes; em nenhum caso surgiram indícios de que êste processo fôsse lesivo para o tecido nervoso. Nas três cranioplastias restantes empregou-se a técnica de Spence, na qual a resina é modelada dentro de um saco de polietileno, só entrando em contato com os tecidos depois da polimerização. Nas rinoliquorréias, antes do tamporamento das falhas ósseas com o metilmetacrilato, foram cuidadosamente reparadas as lesões da dura-máter.
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