Summary: | É comum a utilização de glossários, ou listas de palavras em aulas de Libras (Língua Brasileira de Sinais) como materiais didáticos exclusivos. Além de esse material não ser, a rigor, um livro didático, uma outra questão é mais preocupante e é central neste estudo: a maioria dos dicionários e glossários de línguas de sinais é organizada com entradas em línguas orais, por ordem alfabética dessas línguas. Isso se dá, porque seus autores optam por não utilizarem um sistema de escrita de língua de sinais, ou por utilizarem algum que não permite a ordenação alfabética linear. Nosso objetivo nesse artigo é apresentar uma proposta pioneira de arranjo de entradas em dicionários de línguas de sinais com ordem alfabética linear, a qual denominamos ordem visográfica, por meio do uso do sistema brasileiro de escrita das línguas de sinais, ELiS. Para tanto, baseamo-nos principalmente em Barros (2015) para a identificação dos elementos a serem organizados, e em Welker (2004) para a discussão e a definição de ordem alfabética linear. Como resultado, nesse artigo explicamos os detalhes dessa organização e discutimos seus possíveis impactos para o uso ou aprendizagem de línguas de sinais por surdos ou ouvintes.
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