Editorial Dossiê SimpoRI 2019

As revistas Cadernos CEDEC (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea) e a Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil apresentam nesta edição o Dossiê SimpoRI 2019: “Tensões políticas e reconfigurações no sistema internacional". Ele reúne artigos selecionados entre os melhores trabalhos apresent...

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Bibliographic Details
Main Author: Revista NEIBA, Cadernos Argentina Brasil
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2020-06-01
Series:Revista Neiba
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/article/view/51447
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A edição de 2019 contou com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Pró-Reitoria de Pós-graduação da Unesp e da Unicamp. Esta edição, publicada pela Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil, conta com trabalhos que versam sobre a América Latina e as diversas questões envolvidas em seus Estados, bem como no continente como um todo, como o artigo do professor David Mares, que questiona a forma através das quais as políticas de governo afetam o desenvolvimento na região, pautando-se nos aspectos da inclusão e da sustentabilidade. Há outros artigos que trazem análises e perspectivas focadas em determinados Estados, salientando também os impactos regionais causados, como por exemplo o artigo de Cristian Valdivieso e Jéssica dos Santos, que apresenta a postura do Equador, no que tange sua política de defesa, mediante o surgimento de novas ameaças. Concomitantemente, há o artigo do doutorando David Succi Júnior, que versa sobre a Lei de Defesa Nacional Argentina, e a forma com que o conceito de “externo” é reinterpretado diante também de novos fatores. Outro artigo que traz considerações importantes sobre a política externa é o dos doutorandos Matheus de Oliveira Pereira e Marcela Franzoni, que analisam a possível liderança da Argentina e do México em prol das iniciativas robustas de uma política externa progressista na América Latina, bem como os limites para tal, provenientes especialmente da situação econômica de ambos os Estados. A maior parte dos trabalhos aqui elencados, no entanto, foca no Brasil e seus diversos aspectos, políticas e suas relações com o exterior. Um bom exemplo é o estudo de Vitória Totti Salgado e Regiane Bressan, que apresenta a postura do Brasil, no que tange à política externa, mediante o acordo Mercosul – União Europeia. Vale lembrar que as análises em questão não se limitam ao panorama atual. Um exemplo disso é o trabalho da doutoranda Solange Pastrana que utiliza a Abordagem Relacional-Estratégica (SRA) para analisar os aspectos da inserção internacional brasileira durante os governos de Luiz Inácio da Silva (2003-2010). Por sua vez, o artigo de Nathan Morais e Álvaro Vicente também traz perspectivas sobre as estratégias de política externa brasileira, focando, no entanto, no período do governo de João Figueiredo (1979-1985). Outros aspectos também são contemplados no presente dossiê, e um deles é a mídia. O trabalho de Eduardo da Nóbrega Monteiro em conjunto com a professora Mônica Leite Lessa explora, sob a perspectiva da Teoria Crítica, a relação entre a mídia e a política externa nacional em períodos de crise regional. Outro artigo que aborda a mesma temática, desta vez com o foco no governo Lula e a expansão da TV Brasil mediante sua adesão à TeleSur, é o de Lucas Almeida de Brito, juntamente com o professor Bruno de Moura Borges. A perspectiva militar também é contemplada, desta vez pelo artigo do doutorando Jonathan de Assis, que, a partir da perspectiva do neoinstitucionalismo sociológico, analisa as razões da demanda por modernização militar, tomando como caso o projeto do submarino nuclear da Marinha do Brasil. Por fim, mas não menos essencial, o trabalho do doutorando Guilherme Antunes Ramos traz importantes nuances de ordem jurídica ao analisar o reconhecimento do Brasil à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos humanos, com foco em suas motivações, interesses e objetivos, além dos pormenores do processo decisório em si. A abrangência de temas e de perspectivas teóricas e metodológicas presentes do Dossiê SimpoRI 2019 refletem a pluralidade das Relações Internacionais como área do conhecimento e dimensionam a diversidade dos trabalhos apresentados no evento. Com isso, esperamos contribuir para o fortalecimento do campo no Brasil e enfatizar a importância das Ciências Humanas e Sociais para a formação individual e coletiva da sociedade. Apesar da aparente falta de prioridade, e consequentemente de recursos que a ciência do Brasil enfrenta, o Dossiê SimpoRI 2019 reflete a importância da pesquisa plural para a formulação de políticas públicas e para o desenvolvimento nacional. Boa leitura! Marcela Franzoni, Ricardo Marques, Suzeley Kalil Mathias, Hugo Rogelio Suppo e Clarisa Giaccaglia.
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O evento é organizado anualmente, em edições alternadas, pelo Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais “San Tiago Dantas” (UNESP, UNICAMP, PUC-SP), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGRI-UERJ). O objetivo fundamental do SimpoRI é reforçar o debate acadêmico de Relações Internacionais do Brasil e do exterior. A edição de 2019 contou com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Pró-Reitoria de Pós-graduação da Unesp e da Unicamp. Esta edição, publicada pela Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil, conta com trabalhos que versam sobre a América Latina e as diversas questões envolvidas em seus Estados, bem como no continente como um todo, como o artigo do professor David Mares, que questiona a forma através das quais as políticas de governo afetam o desenvolvimento na região, pautando-se nos aspectos da inclusão e da sustentabilidade. Há outros artigos que trazem análises e perspectivas focadas em determinados Estados, salientando também os impactos regionais causados, como por exemplo o artigo de Cristian Valdivieso e Jéssica dos Santos, que apresenta a postura do Equador, no que tange sua política de defesa, mediante o surgimento de novas ameaças. Concomitantemente, há o artigo do doutorando David Succi Júnior, que versa sobre a Lei de Defesa Nacional Argentina, e a forma com que o conceito de “externo” é reinterpretado diante também de novos fatores. Outro artigo que traz considerações importantes sobre a política externa é o dos doutorandos Matheus de Oliveira Pereira e Marcela Franzoni, que analisam a possível liderança da Argentina e do México em prol das iniciativas robustas de uma política externa progressista na América Latina, bem como os limites para tal, provenientes especialmente da situação econômica de ambos os Estados. A maior parte dos trabalhos aqui elencados, no entanto, foca no Brasil e seus diversos aspectos, políticas e suas relações com o exterior. Um bom exemplo é o estudo de Vitória Totti Salgado e Regiane Bressan, que apresenta a postura do Brasil, no que tange à política externa, mediante o acordo Mercosul – União Europeia. Vale lembrar que as análises em questão não se limitam ao panorama atual. Um exemplo disso é o trabalho da doutoranda Solange Pastrana que utiliza a Abordagem Relacional-Estratégica (SRA) para analisar os aspectos da inserção internacional brasileira durante os governos de Luiz Inácio da Silva (2003-2010). Por sua vez, o artigo de Nathan Morais e Álvaro Vicente também traz perspectivas sobre as estratégias de política externa brasileira, focando, no entanto, no período do governo de João Figueiredo (1979-1985). Outros aspectos também são contemplados no presente dossiê, e um deles é a mídia. O trabalho de Eduardo da Nóbrega Monteiro em conjunto com a professora Mônica Leite Lessa explora, sob a perspectiva da Teoria Crítica, a relação entre a mídia e a política externa nacional em períodos de crise regional. Outro artigo que aborda a mesma temática, desta vez com o foco no governo Lula e a expansão da TV Brasil mediante sua adesão à TeleSur, é o de Lucas Almeida de Brito, juntamente com o professor Bruno de Moura Borges. A perspectiva militar também é contemplada, desta vez pelo artigo do doutorando Jonathan de Assis, que, a partir da perspectiva do neoinstitucionalismo sociológico, analisa as razões da demanda por modernização militar, tomando como caso o projeto do submarino nuclear da Marinha do Brasil. Por fim, mas não menos essencial, o trabalho do doutorando Guilherme Antunes Ramos traz importantes nuances de ordem jurídica ao analisar o reconhecimento do Brasil à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos humanos, com foco em suas motivações, interesses e objetivos, além dos pormenores do processo decisório em si. A abrangência de temas e de perspectivas teóricas e metodológicas presentes do Dossiê SimpoRI 2019 refletem a pluralidade das Relações Internacionais como área do conhecimento e dimensionam a diversidade dos trabalhos apresentados no evento. Com isso, esperamos contribuir para o fortalecimento do campo no Brasil e enfatizar a importância das Ciências Humanas e Sociais para a formação individual e coletiva da sociedade. Apesar da aparente falta de prioridade, e consequentemente de recursos que a ciência do Brasil enfrenta, o Dossiê SimpoRI 2019 reflete a importância da pesquisa plural para a formulação de políticas públicas e para o desenvolvimento nacional. Boa leitura! Marcela Franzoni, Ricardo Marques, Suzeley Kalil Mathias, Hugo Rogelio Suppo e Clarisa Giaccaglia.https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/article/view/51447