Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia

Objetivos: avaliar a eficácia do acetato de medroxiprogesterona e do acetato de megestrol nas hiperplasias de endométrio. Métodos: foram incluídas, retrospectivamente 47 pacientes com sangramento uterino anormal, submetidas a curetagem uterina diagnóstica e/ou biópsia de endométrio, cujo achado hist...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Anaglória Pontes, Paulo Traiman, Marcello Franco, Eliana Aguiar Petri Nahás, Rogério Dias, Laurival Antonio De Luca
Format: Article
Language:English
Published: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 2000-01-01
Series:Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032000000600002
id doaj-0fbcbc050b0841d9bdcc1c2a42de2be2
record_format Article
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Anaglória Pontes
Paulo Traiman
Marcello Franco
Eliana Aguiar Petri Nahás
Rogério Dias
Laurival Antonio De Luca
spellingShingle Anaglória Pontes
Paulo Traiman
Marcello Franco
Eliana Aguiar Petri Nahás
Rogério Dias
Laurival Antonio De Luca
Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Hiperplasia de endométrio
Progestagenos
Sangramento uterino anormal
Endométrio
Endometrial hyperplasia
Medroxy-progesterone acetate
Endometrium
Uterine bleeding, abnormal
author_facet Anaglória Pontes
Paulo Traiman
Marcello Franco
Eliana Aguiar Petri Nahás
Rogério Dias
Laurival Antonio De Luca
author_sort Anaglória Pontes
title Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia
title_short Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia
title_full Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia
title_fullStr Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia
title_full_unstemmed Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial Hyperplasia
title_sort tratamento clínico e seguimento das hiperplasias de endométrio clinical treatment and follow-up of endometrial hyperplasia
publisher Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
series Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
issn 0100-7203
publishDate 2000-01-01
description Objetivos: avaliar a eficácia do acetato de medroxiprogesterona e do acetato de megestrol nas hiperplasias de endométrio. Métodos: foram incluídas, retrospectivamente 47 pacientes com sangramento uterino anormal, submetidas a curetagem uterina diagnóstica e/ou biópsia de endométrio, cujo achado histopatológico foi de hiperplasia de endométrio. Nas pacientes com hiperplasia sem atipia foi iniciado a terapêutica com acetato de medroxiprogesterona por via oral, na dose de 10 mg/dia durante 10-12 dias por mês. Nas com atipia, era utilizado o acetato de megestrol por via oral, dose de 160 mg/dia, uso contínuo. O período de tratamento variou de 3 a 18 meses. Biópsia de endométrio e/ou curetagem uterina de controle foram realizadas entre três e seis meses do início do tratamento e periodicamente para avaliar a resposta terapêutica. Resultados: foram analisadas 42 pacientes com hiperplasia endometrial sem atipia e cinco com atipia. A média de idade das pacientes foi de 49,5 ± 10,6 anos, sendo 70,2% com idade superior a 45 anos. O acetato de medroxiprogesterona foi eficaz em fazer regredir as hiperplasias sem atipias em 83,2% (35/42) e o acetato de megestrol em 80% (4/5) das hiperplasias com atipia. Em 16,8% (7 casos) das hiperplasias sem atipia e em 20% (1 caso) das com atipia, ocorreu persistência das lesões, apesar do tratamento. Em nenhum caso ocorreu progressão para câncer de endométrio, durante o período de seguimento que foi de 3 meses a 9 anos. No acompanhamento dessas pacientes, verificamos que 18 (38,3%) apresentaram amenorréia, em 12 (25,5%) ocorreu regularização do ciclo menstrual e 17 (36,2%) permaneceram com sangramento uterino anormal, sendo submetidas a histerectomia total abdominal. O exame anatomopatológico mostrou a persistência da lesão hiperplásica em oito casos, leiomioma em quatro, adenomiose em três, mio-hipertrofia uterina difusa em um caso e útero normal em outro, tendo havido regressão das lesões hiperplásicas nesses últimos nove casos. Conclusões: o tratamento das hiperplasias de endométrio com acetato de medroxiprogesterona e/ou acetato de megestrol, representa uma alternativa satisfatória para mulheres que desejam preservar o útero ou que tenham risco cirúrgico elevado. Entretanto, é necessário monitorização cuidadosa do endométrio, o que deve ser realizado pela avaliação dos sintomas, ultra-sonografia transvaginal e biópsia periódica.<br>Purpose: to evaluate the efficacy of medroxyprogesterone acetate and megestrol acetate in endometrial hyperplasia. Patients and Methods: forty-seven patients with abnormal uterine bleeding were retrospectively evaluated. These patients were submitted to diagnostic uterine curettage and/or endometrial biopsy, with histopathological finding of endometrial hyperplasia. Patients with hyperplasia without atypia received 10 mg/day oral medroxyprogesterone acetate during 10 to 12 days a month. Those with hyperplasia with atypia received 160 mg/day oral megestrol acetate continuously. The length of treatment ranged from 3 to 18 months. Control endometrial biopsy and/or uterine curettage were performed 3 and 6 months from the beginning of treatment, and then periodically to evaluate whether or not regression of hyperplasia occurred. Results: forty-two patients with endometrial hyperplasia without atypia and 5 with hyperplasia with atypia were included. The mean age of the patients was 49.5 ± 10.6 years (22 to 72 years), 70.2% aged over 45 years. Medroxy-progesterone acetate was effective in promoting regression of 83.2% (35/42) of hyperplasia without atypia, and megestrol acetate in 80% (4/5) of hyperplasia with atypia. Despite treatment, lesions persisted in 16.8% (7 cases) of hyperplasia with atypia and in 20% (1 case) of hyperplasia without atypia. No progression to endometrial cancer was seen during the follow-up period of 3 months to 9 years. During follow-up, we found that 18 patients (38.3%) showed amenorrhea, 12 (25.5%) menstrual cycle regulation, and 17 (36.2%) persistent abnormal uterine bleeding and underwent total abdominal hysterectomy. Histological examination of the uterus showed 8 patients with persistence of hyperplastic lesion, 4 with leiomyoma, 3 with adenomyosis, 1 with diffuse uterine myohypertrophy, and 1 with normal uterus, despite regression of the hyperplastic lesions in 9 of the 17 patients. Conclusions: the treatment of endometrial hyperplasia with medroxyprogesterone acetate and megestrol acetate can be a safe alternative for women who refuse to have their uterus removed or those at high risk for surgery. However, a careful monitoring of the endometrium is needed. This can be achieved with periodical endometrial biopsy, transvaginal ultrasonography, and evaluation of the symptoms.
topic Hiperplasia de endométrio
Progestagenos
Sangramento uterino anormal
Endométrio
Endometrial hyperplasia
Medroxy-progesterone acetate
Endometrium
Uterine bleeding, abnormal
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032000000600002
work_keys_str_mv AT anagloriapontes tratamentoclinicoeseguimentodashiperplasiasdeendometrioclinicaltreatmentandfollowupofendometrialhyperplasia
AT paulotraiman tratamentoclinicoeseguimentodashiperplasiasdeendometrioclinicaltreatmentandfollowupofendometrialhyperplasia
AT marcellofranco tratamentoclinicoeseguimentodashiperplasiasdeendometrioclinicaltreatmentandfollowupofendometrialhyperplasia
AT elianaaguiarpetrinahas tratamentoclinicoeseguimentodashiperplasiasdeendometrioclinicaltreatmentandfollowupofendometrialhyperplasia
AT rogeriodias tratamentoclinicoeseguimentodashiperplasiasdeendometrioclinicaltreatmentandfollowupofendometrialhyperplasia
AT laurivalantoniodeluca tratamentoclinicoeseguimentodashiperplasiasdeendometrioclinicaltreatmentandfollowupofendometrialhyperplasia
_version_ 1725519815086440448
spelling doaj-0fbcbc050b0841d9bdcc1c2a42de2be22020-11-24T23:37:28ZengFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0100-72032000-01-0122632533110.1590/S0100-72032000000600002Tratamento Clínico e Seguimento das Hiperplasias de Endométrio Clinical Treatment and Follow-up of Endometrial HyperplasiaAnaglória PontesPaulo TraimanMarcello FrancoEliana Aguiar Petri NahásRogério DiasLaurival Antonio De LucaObjetivos: avaliar a eficácia do acetato de medroxiprogesterona e do acetato de megestrol nas hiperplasias de endométrio. Métodos: foram incluídas, retrospectivamente 47 pacientes com sangramento uterino anormal, submetidas a curetagem uterina diagnóstica e/ou biópsia de endométrio, cujo achado histopatológico foi de hiperplasia de endométrio. Nas pacientes com hiperplasia sem atipia foi iniciado a terapêutica com acetato de medroxiprogesterona por via oral, na dose de 10 mg/dia durante 10-12 dias por mês. Nas com atipia, era utilizado o acetato de megestrol por via oral, dose de 160 mg/dia, uso contínuo. O período de tratamento variou de 3 a 18 meses. Biópsia de endométrio e/ou curetagem uterina de controle foram realizadas entre três e seis meses do início do tratamento e periodicamente para avaliar a resposta terapêutica. Resultados: foram analisadas 42 pacientes com hiperplasia endometrial sem atipia e cinco com atipia. A média de idade das pacientes foi de 49,5 ± 10,6 anos, sendo 70,2% com idade superior a 45 anos. O acetato de medroxiprogesterona foi eficaz em fazer regredir as hiperplasias sem atipias em 83,2% (35/42) e o acetato de megestrol em 80% (4/5) das hiperplasias com atipia. Em 16,8% (7 casos) das hiperplasias sem atipia e em 20% (1 caso) das com atipia, ocorreu persistência das lesões, apesar do tratamento. Em nenhum caso ocorreu progressão para câncer de endométrio, durante o período de seguimento que foi de 3 meses a 9 anos. No acompanhamento dessas pacientes, verificamos que 18 (38,3%) apresentaram amenorréia, em 12 (25,5%) ocorreu regularização do ciclo menstrual e 17 (36,2%) permaneceram com sangramento uterino anormal, sendo submetidas a histerectomia total abdominal. O exame anatomopatológico mostrou a persistência da lesão hiperplásica em oito casos, leiomioma em quatro, adenomiose em três, mio-hipertrofia uterina difusa em um caso e útero normal em outro, tendo havido regressão das lesões hiperplásicas nesses últimos nove casos. Conclusões: o tratamento das hiperplasias de endométrio com acetato de medroxiprogesterona e/ou acetato de megestrol, representa uma alternativa satisfatória para mulheres que desejam preservar o útero ou que tenham risco cirúrgico elevado. Entretanto, é necessário monitorização cuidadosa do endométrio, o que deve ser realizado pela avaliação dos sintomas, ultra-sonografia transvaginal e biópsia periódica.<br>Purpose: to evaluate the efficacy of medroxyprogesterone acetate and megestrol acetate in endometrial hyperplasia. Patients and Methods: forty-seven patients with abnormal uterine bleeding were retrospectively evaluated. These patients were submitted to diagnostic uterine curettage and/or endometrial biopsy, with histopathological finding of endometrial hyperplasia. Patients with hyperplasia without atypia received 10 mg/day oral medroxyprogesterone acetate during 10 to 12 days a month. Those with hyperplasia with atypia received 160 mg/day oral megestrol acetate continuously. The length of treatment ranged from 3 to 18 months. Control endometrial biopsy and/or uterine curettage were performed 3 and 6 months from the beginning of treatment, and then periodically to evaluate whether or not regression of hyperplasia occurred. Results: forty-two patients with endometrial hyperplasia without atypia and 5 with hyperplasia with atypia were included. The mean age of the patients was 49.5 ± 10.6 years (22 to 72 years), 70.2% aged over 45 years. Medroxy-progesterone acetate was effective in promoting regression of 83.2% (35/42) of hyperplasia without atypia, and megestrol acetate in 80% (4/5) of hyperplasia with atypia. Despite treatment, lesions persisted in 16.8% (7 cases) of hyperplasia with atypia and in 20% (1 case) of hyperplasia without atypia. No progression to endometrial cancer was seen during the follow-up period of 3 months to 9 years. During follow-up, we found that 18 patients (38.3%) showed amenorrhea, 12 (25.5%) menstrual cycle regulation, and 17 (36.2%) persistent abnormal uterine bleeding and underwent total abdominal hysterectomy. Histological examination of the uterus showed 8 patients with persistence of hyperplastic lesion, 4 with leiomyoma, 3 with adenomyosis, 1 with diffuse uterine myohypertrophy, and 1 with normal uterus, despite regression of the hyperplastic lesions in 9 of the 17 patients. Conclusions: the treatment of endometrial hyperplasia with medroxyprogesterone acetate and megestrol acetate can be a safe alternative for women who refuse to have their uterus removed or those at high risk for surgery. However, a careful monitoring of the endometrium is needed. This can be achieved with periodical endometrial biopsy, transvaginal ultrasonography, and evaluation of the symptoms.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032000000600002Hiperplasia de endométrioProgestagenosSangramento uterino anormalEndométrioEndometrial hyperplasiaMedroxy-progesterone acetateEndometriumUterine bleeding, abnormal