Summary: | O artigo sintetiza as perspectivas escalares e metodológicas que direcionaram a tese intitulada “Lugar e memória: o patrimônio goiano entre o “esquecimento” e a resistência”. Os procedimentos metodológicos seguiram de pesquisa bibliográfica, histórica e documental, e a base empírica ocorreu em trabalhos de campo de forma localizada e aprofundada em três cidades goianas, no Centro-Oeste brasileiro. A primeira análise escalar diz respeito à modernização do território goiano, que conduziu ao abandono muitas localidades do patrimônio, mediante a distância econômica e sociocultural em relação às centralidades em desenvolvimento. A segunda escala refere-se à dimensão do lugar nas cidades, cujas quais consideramos detentoras de um patrimônio vivo e vivido no cotidiano, onde são identificadas as memórias individuais e coletivas associadas a objetos, manifestações culturais, tradições, saberes e localidades. A análise nessas diferentes perspectivas mostraram uma dinâmica própria de resistência do patrimônio de Goiás em muitas de suas cidades. Ainda que não permaneça na materialidade, ou não se inclua nos projetos de patrimonialização nacionais, esse patrimônio se mantém no mundo vivido: valores, práticas simbólicas, lembranças e vivência cotidiana, se manifestando não pelo viés da patrimonialização, mas sim, da patrimonialidade.
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