Summary: | O cocobacilo Gram-negativo Kingella kingae, crescentemente reconhecido como causa de doença invasiva abaixo dos dois anos de idade, tem sido raramente isolado em Portugal.
Apresenta-se o caso de uma criança de catorze meses com marcha claudicante e diminuição de mobilidade do braço esquerdo. Isolou-se Kingella kingae na hemocultura, e foi instituída antibioterapia com amoxicilina-ácido clavulânico com remissão da sintomatologia.
Este caso reproduz vários aspectos característicos da infecção por Kingella kingae: escassez de sinais sistémicos de infecção, resposta favorável à antibioterapia e, para a bacteriémia, presença de queixas esqueléticas sem evidência de focalização osteoarticular. Salienta-se a clínica subtil e dificuldades técnicas no isolamento cultural, que obrigam a elevado índice de suspeição e boa articulação com os microbiologistas para estabelecer o diagnóstico etiológico.
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