Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco

O presente trabalho, realizado, em 1995, no município de Nazaré da Mata, teve como objetivo caracterizar morfológica, física, química, mineralógica e micromorfologicamente perfis com horizonte A chernozêmico na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Foram descritos morfologicamente e coletados três perfi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: C. S. S. Miranda, M. G. V. X. Ferreira
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo 1999-03-01
Series:Revista Brasileira de Ciência do Solo
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000100014&lng=en&tlng=en
id doaj-0effaa98d8384297bafbaff03a68f2bd
record_format Article
spelling doaj-0effaa98d8384297bafbaff03a68f2bd2021-01-02T00:05:51ZengSociedade Brasileira de Ciência do SoloRevista Brasileira de Ciência do Solo1806-96571999-03-0123110712010.1590/S0100-06831999000100014S0100-06831999000100014Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de PernambucoC. S. S. Miranda0M. G. V. X. Ferreira1Universidade Federal Rural de PernambucoUniversidade Federal Rural de PernambucoO presente trabalho, realizado, em 1995, no município de Nazaré da Mata, teve como objetivo caracterizar morfológica, física, química, mineralógica e micromorfologicamente perfis com horizonte A chernozêmico na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Foram descritos morfologicamente e coletados três perfis de solo com horizontes A chernozêmico, pertencentes às seguintes classes: Solo Litólico, Brunizém Avermelhado e Podzólico Vermelho-Amarelo, e realizadas análises físicas, químicas (incluindo quantificação das frações húmicas), mineralógicas e pedográficas. Os atributos pedológicos e as condições ambientais permitiram estabelecer a hipótese de que os horizontes superficiais têm sua formação ligada a interações de clima e vegetação, haja vista que, apesar das condições tropicais chuvosas, esses solos mantêm boa reserva química, provavelmente, graças à ocorrência de uma estação mais seca, que se estende por 5 meses, a qual provoca a queda das folhas e reduz a lixiviação de bases, conferindo, assim, significativa incorporação do material orgânico. Tal reserva química parece contribuir para a preservação da mica (biotita) nesses horizontes, a qual, ante as condições tropicais chuvosas, degradar-se-ia. Entretanto, a riqueza química da solução do solo refrearia o processo intempérico, na medida em que a existência do potássio na solução circundante às partículas sólidas minerais não ocasionaria a retirada do referido elemento da estrutura cristalina da biotita. Dessa feita, tal mineral se mantém preservado no ambiente pedológico. Qualitativamente, as diferenças observadas nas frações húmicas mostram-se decorrentes da influência da erosão, sendo encontrados maiores valores de frações menos resistentes no perfil mais erodido (Solo Litólico). Os horizontes subsuperficiais, por sua vez, são caracterizados, inicialmente, por um processo de formação de argila in situ, sendo compostos de alguma caulinita e interestratificados irregulares envolvendo minerais do tipo 2:1 e 1:1. Com a continuidade da pedogênese, tais horizontes são dominados por minerais mais estáveis (caulinitização), havendo movimentação da fração mais fina, o que leva à formação do horizonte B iluvial, onde ocorre também a formação de argila in situ Fatores como variação quantitativa da mineralogia do material de origem, padrão estrutural do gnaisse e relevo, parecem controlar a formação e evolução dos solos estudados.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000100014&lng=en&tlng=enA chernozêmicopedografiamineralogia
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author C. S. S. Miranda
M. G. V. X. Ferreira
spellingShingle C. S. S. Miranda
M. G. V. X. Ferreira
Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco
Revista Brasileira de Ciência do Solo
A chernozêmico
pedografia
mineralogia
author_facet C. S. S. Miranda
M. G. V. X. Ferreira
author_sort C. S. S. Miranda
title Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco
title_short Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco
title_full Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco
title_fullStr Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco
title_full_unstemmed Caracterização de solos com a chernozêmico na Zona da Mata norte do estado de Pernambuco
title_sort caracterização de solos com a chernozêmico na zona da mata norte do estado de pernambuco
publisher Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
series Revista Brasileira de Ciência do Solo
issn 1806-9657
publishDate 1999-03-01
description O presente trabalho, realizado, em 1995, no município de Nazaré da Mata, teve como objetivo caracterizar morfológica, física, química, mineralógica e micromorfologicamente perfis com horizonte A chernozêmico na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Foram descritos morfologicamente e coletados três perfis de solo com horizontes A chernozêmico, pertencentes às seguintes classes: Solo Litólico, Brunizém Avermelhado e Podzólico Vermelho-Amarelo, e realizadas análises físicas, químicas (incluindo quantificação das frações húmicas), mineralógicas e pedográficas. Os atributos pedológicos e as condições ambientais permitiram estabelecer a hipótese de que os horizontes superficiais têm sua formação ligada a interações de clima e vegetação, haja vista que, apesar das condições tropicais chuvosas, esses solos mantêm boa reserva química, provavelmente, graças à ocorrência de uma estação mais seca, que se estende por 5 meses, a qual provoca a queda das folhas e reduz a lixiviação de bases, conferindo, assim, significativa incorporação do material orgânico. Tal reserva química parece contribuir para a preservação da mica (biotita) nesses horizontes, a qual, ante as condições tropicais chuvosas, degradar-se-ia. Entretanto, a riqueza química da solução do solo refrearia o processo intempérico, na medida em que a existência do potássio na solução circundante às partículas sólidas minerais não ocasionaria a retirada do referido elemento da estrutura cristalina da biotita. Dessa feita, tal mineral se mantém preservado no ambiente pedológico. Qualitativamente, as diferenças observadas nas frações húmicas mostram-se decorrentes da influência da erosão, sendo encontrados maiores valores de frações menos resistentes no perfil mais erodido (Solo Litólico). Os horizontes subsuperficiais, por sua vez, são caracterizados, inicialmente, por um processo de formação de argila in situ, sendo compostos de alguma caulinita e interestratificados irregulares envolvendo minerais do tipo 2:1 e 1:1. Com a continuidade da pedogênese, tais horizontes são dominados por minerais mais estáveis (caulinitização), havendo movimentação da fração mais fina, o que leva à formação do horizonte B iluvial, onde ocorre também a formação de argila in situ Fatores como variação quantitativa da mineralogia do material de origem, padrão estrutural do gnaisse e relevo, parecem controlar a formação e evolução dos solos estudados.
topic A chernozêmico
pedografia
mineralogia
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06831999000100014&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT cssmiranda caracterizacaodesoloscomachernozemiconazonadamatanortedoestadodepernambuco
AT mgvxferreira caracterizacaodesoloscomachernozemiconazonadamatanortedoestadodepernambuco
_version_ 1724364072557740032