Summary: | Objetivo: Investigar a associação entre a presença de sintomas de ansiedade e estado nutricional, estimado pelo índice de massa corporal (IMC), em idosos residentes de Florianópolis/SC. Métodos: Estudo transversal realizado com 146 idosos frequentadores do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) – UFSC/Florianópolis. Para avaliar presença de sintomas de ansiedade, aplicou-se o Geriatric Anxiety Inventory (GAI). O estado nutricional foi avaliado por meio do IMC, classificado de acordo com os parâmetros da World Health Organization (WHO, 2008) e de Lipschitz (1994). Para a análise estatística, utilizou-se o software Stata 11.0. Testes qui-quadrado e correlação de Pearson foram usados para aferir a relação entre IMC e presença de ansiedade. Utilizando regressão logística, verificou-se o risco para ansiedade segundo as categorias de IMC. Foi considerado P<0,05 para significância. Resultados: A maioria dos participantes foram mulheres (88,36%) e com idade menor que 80 anos (93,15%); 39 (26,71%) obtiveram pontuação >10, classificando-os como ansiosos. Houve associação da presença de sintomas de ansiedade com o IMC quando usados os critérios de classificação l da WHO (β=13,09; P=0,004), mas não quando usados os critérios de Lipschitz (β=3,78; P=0,151). Quando aplicada a regressão logística bruta, houve maior risco para ansiedade quando IMC ≥ 30 (OR=2,67; IC95% 1,2375 – 5,7621; P=0,012). No modelo ajustado pela idade, o risco aumentou (OR=2,91; IC95% 1,3257 – 6,4047; P=0,008). Conclusão: Existe relação entre a presença de ansiedade e obesidade em idosos. Idosos obesos têm quase 3 vezes mais risco de serem ansiosos que as demais categorias de IMC.
DOI: 10.12957/demetra.2017.28085
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