Polidactilia em recém-nascido com Síndrome de DiGeorge
O Síndrome de DiGeorge/síndrome da delecção 22q11.2 1,2 é caracterizado por um largo espectro de anomalias que incluem cardiopatia congénita, insuficiência velo-faríngea, imunodeficiência primária, alterações endócrinas, dificuldade de aprendizagem, alterações psiquiátricas e anomalias faciais mino...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2013-01-01
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Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
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doaj-0eb86402d84147e48dac2b27092b458b2020-11-25T01:50:23ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332013-01-0143410.25754/pjp.2012.793Polidactilia em recém-nascido com Síndrome de DiGeorgeAndreia Francisco0Ana M. Teixeira1Isabel Gaspar2Rui Anjos3Serviço de cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Cruz, CHLO, EPEServiço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Cruz, CHLOConsulta de Cadiogenética do Serviço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Cruz, CHLOServiço de Cardiologia Pediátrica do Hospital de Santa Cruz, CHLO, EPE O Síndrome de DiGeorge/síndrome da delecção 22q11.2 1,2 é caracterizado por um largo espectro de anomalias que incluem cardiopatia congénita, insuficiência velo-faríngea, imunodeficiência primária, alterações endócrinas, dificuldade de aprendizagem, alterações psiquiátricas e anomalias faciais minor,3. A polidactilia é uma anomalia rara neste síndrome4,5, não havendo descritos casos de polidactilia pós-axial em três membros. Apresentamos o caso de uma recém nascida prematura (35 semanas) com baixo peso ao nascer, filha de pais jovens não consanguíneos com diagnóstico de sopro cardíaco no primeiro dia de vida. A face apresentava fissuras palpebrais pequenas, filtro curto, boca pequena, micrognatismo e pavilhões auriculares com baixa implantação. Adicionalmente tinha polidactilia pós-axial bilateral dos membros superiores e polidactilia do membro inferior esquerdo (figuras 1 e 2). O ecocardiograma transtorácico mostrou interrupção do arco aórtico do tipo B com comunicação interventricular e um canal arterial patente. A telerradiografia de tórax era sugestiva de timo hipoplásico, confirmado cirurgicamente. A análise cromossómica dos linfócitos do sangue periférico revelou um cariótipo 46,XX e a hibridização in situ por fluorescência (FISH) demonstrou a presença da microdelecção 22q11.2. Os autores alertam para a possibilidade da polidactilia associada a doença cardíaca conotruncal poder fazer parte do espectro do Síndrome de DiGeorge/ delecção 22q11.2. https://pjp.spp.pt//article/view/793 |
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O Síndrome de DiGeorge/síndrome da delecção 22q11.2 1,2 é caracterizado por um largo espectro de anomalias que incluem cardiopatia congénita, insuficiência velo-faríngea, imunodeficiência primária, alterações endócrinas, dificuldade de aprendizagem, alterações psiquiátricas e anomalias faciais minor,3. A polidactilia é uma anomalia rara neste síndrome4,5, não havendo descritos casos de polidactilia pós-axial em três membros.
Apresentamos o caso de uma recém nascida prematura (35 semanas) com baixo peso ao nascer, filha de pais jovens não consanguíneos com diagnóstico de sopro cardíaco no primeiro dia de vida. A face apresentava fissuras palpebrais pequenas, filtro curto, boca pequena, micrognatismo e pavilhões auriculares com baixa implantação. Adicionalmente tinha polidactilia pós-axial bilateral dos membros superiores e polidactilia do membro inferior esquerdo (figuras 1 e 2). O ecocardiograma transtorácico mostrou interrupção do arco aórtico do tipo B com comunicação interventricular e um canal arterial patente. A telerradiografia de tórax era sugestiva de timo hipoplásico, confirmado cirurgicamente. A análise cromossómica dos linfócitos do sangue periférico revelou um cariótipo 46,XX e a hibridização in situ por fluorescência (FISH) demonstrou a presença da microdelecção 22q11.2.
Os autores alertam para a possibilidade da polidactilia associada a doença cardíaca conotruncal poder fazer parte do espectro do Síndrome de DiGeorge/ delecção 22q11.2.
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