Governança empresarial, riscos e controles internos: a emergência de um novo modelo de controladoria
O exercício dos poderes de governança dentro de uma empresa depende em alto grau da implantação de um sistema de identificação, avaliação e controle dos riscos que cercam a gestão dos recursos nela investidos. Como os que exercem a governança não têm poder executivo, fatalmente um desses riscos é o...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
2004-04-01
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Series: | Revista Contabilidade & Finanças |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772004000100001 |
Summary: | O exercício dos poderes de governança dentro de uma empresa depende em alto grau da implantação de um sistema de identificação, avaliação e controle dos riscos que cercam a gestão dos recursos nela investidos. Como os que exercem a governança não têm poder executivo, fatalmente um desses riscos é o de agenciamento, segundo o qual os administradores dos recursos empresariais, ao darem prioridade aos seus próprios interesses, podem não aplicá-los da forma mais adequada aos acionistas/proprietários. A governança deve, pois, cercar a administração dos recursos empresariais com um sistema de controle de gestão. Esse sistema, que deve levar em consideração os riscos que são inerentes aos negócios e compreende o controle da custódia, do desempenho e da qualidade da informação, é, neste artigo, conceituado e descrito em termos das linhas gerais da sua composição e principais instrumentos. Demonstra-se, finalmente, que tais controles devem ser feitos de forma integrada e unificada num único órgão e que esse órgão deve ser a Controladoria, que deve ser reformulada e ter um posicionamento na estrutura organizacional das empresas totalmente independente dos órgãos de administração. Essas são as bases do chamado novo modelo de Controladoria.<br>Corporate governance highly depends on the installation of a system for the identification, evaluation and control of the risks surrounding the administration of the invested resources. Since Board members do not have executive power, one of the business risks is always the agency risk, according to which business resource managers may put their own interests and priorities ahead of the interests and priorities of the owners/ shareholders. Hence, the Board must surround the administration of business resources with a management control system, considering inherent business risks and encompassing three types of control: custody, performance and information quality. In this article, we show the main concepts and tools of this system and argue that it needs to be integrated and unified in one single organ, which must be the Controller's Office. This function needs to be reformulated so as to obtain a totally independent position in the organizational structure of companies. This is the foundation of the new Controllership model. |
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ISSN: | 1519-7077 1808-057X |