É POSSÍVEL ENSINAR FILOSOFIA? OS DESAFIOS E AS CONQUISTAS NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA
O presente artigo tem como objetivo mostrar que os professores de filosofia vivem atualmente, no Brasil, uma situação bastante desafiadora. Após décadas de debates, de manifestações, congressos acadêmicos e de lutas parlamentares, hoje a legislação define a filosofia, bem como a sociologia como disc...
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Universidade Estadual de Roraima
2017-09-01
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Series: | Ambiente |
Online Access: | https://remgads.uerr.edu.br/index.php/home/article/view/110 |
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doaj-0e1c4dcd20ec409f86b9844e86b47f5a2020-11-25T02:19:16ZporUniversidade Estadual de RoraimaAmbiente1981-41272017-09-01100110.24979/110110É POSSÍVEL ENSINAR FILOSOFIA? OS DESAFIOS E AS CONQUISTAS NA ESCOLA CONTEMPORÂNEAPedro Henrique Ciucci da SilvaO presente artigo tem como objetivo mostrar que os professores de filosofia vivem atualmente, no Brasil, uma situação bastante desafiadora. Após décadas de debates, de manifestações, congressos acadêmicos e de lutas parlamentares, hoje a legislação define a filosofia, bem como a sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio. Não foi fácil chegar a essa situação: após a retirada da disciplina dos currículos com a reforma tecnicista de 1971, os departamentos de filosofia das universidades brasileiras empreenderam um movimento de crítica de sua retirada e de defesa de seu retorno. Este movimento teve um êxito parcial quando, em meados dos anos 1980, foi aprovada a inclusão da disciplina como opcional, na parte diversificada do currículo. Os ecos desse movimento fizeram-se presentes nos debates para a construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), após a promulgação da Constituição de 1988, e o projeto aprovado na Câmara previa Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias. O resultado de todo esse processo e essa história é que entre nós se desenvolveu muito pouco o campo de estudos e pesquisas em torno de uma didática da Filosofia. A diferença de países como França, Itália, Portugal, Uruguai e Argentina, por exemplo, no Brasil temos pouquíssimas pesquisas, produção quase nula e nenhuma tradição neste campo. A formação do professor de Filosofia, quando se dá, acontece por esforço e mérito de professores universitários de disciplinas como metodologia do ensino de Filosofia e ou Prática de Ensino em Filosofia e ou estágio supervisionado, isolados nas instituições em que atuam. O problema é que o ensino da Filosofia na educação média tem suas especificidades e não pode ser simplesmente a transposição do ensino universitário simplificado ou diminuído.https://remgads.uerr.edu.br/index.php/home/article/view/110 |
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Pedro Henrique Ciucci da Silva |
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O presente artigo tem como objetivo mostrar que os professores de filosofia vivem atualmente, no Brasil, uma situação bastante desafiadora. Após décadas de debates, de manifestações, congressos acadêmicos e de lutas parlamentares, hoje a legislação define a filosofia, bem como a sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio. Não foi fácil chegar a essa situação: após a retirada da disciplina dos currículos com a reforma tecnicista de 1971, os departamentos de filosofia das universidades brasileiras empreenderam um movimento de crítica de sua retirada e de defesa de seu retorno. Este movimento teve um êxito parcial quando, em meados dos anos 1980, foi aprovada a inclusão da disciplina como opcional, na parte diversificada do currículo. Os ecos desse movimento fizeram-se presentes nos debates para a construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), após a promulgação da Constituição de 1988, e o projeto aprovado na Câmara previa Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias. O resultado de todo esse processo e essa história é que entre nós se desenvolveu muito pouco o campo de estudos e pesquisas em torno de uma didática da Filosofia. A diferença de países como França, Itália, Portugal, Uruguai e Argentina, por exemplo, no Brasil temos pouquíssimas pesquisas, produção quase nula e nenhuma tradição neste campo. A formação do professor de Filosofia, quando se dá, acontece por esforço e mérito de professores universitários de disciplinas como metodologia do ensino de Filosofia e ou Prática de Ensino em Filosofia e ou estágio supervisionado, isolados nas instituições em que atuam. O problema é que o ensino da Filosofia na educação média tem suas especificidades e não pode ser simplesmente a transposição do ensino universitário simplificado ou diminuído. |
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